Casual

Entrevista com Marcelo Galvão, diretor do filme Colegas

Marcelo Galvão, diretor do filme Colegas, fala sobre o roteiro, a síndrome de Down e sobre inclusão social


	Trecho do filme Colegas, dirigido por Marcelo Galvão: filme conta a saga de três amigos com síndrome de Down que fogem da instituição onde moram para realizar seus sonhos
 (Divulgação)

Trecho do filme Colegas, dirigido por Marcelo Galvão: filme conta a saga de três amigos com síndrome de Down que fogem da instituição onde moram para realizar seus sonhos (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 13h06.

São Paulo - Aplaudido de pé em todos os eventos cinematográficos pelos quais passou, o longa-metragem brasileiro Colegas (Europa Filmes) estreou em 1º de março. Dirigida pelo carioca – radicado na capital paulista – Marcelo Galvão, a comédia arrematou os prêmios de Melhor Filme na 40ª edição do Festival de Cinema de Gramado e de Melhor Filme Brasileiro, eleito pelo público, na 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. 

A saga de três amigos portadores de síndrome de Down que fogem da instituição onde moram para realizar seus sonhos – casar-se, voar e conhecer o mar – é repleta de humor e delicadeza.

Pura inspiração para resgatarmos da esfera do impossível nossos próprios desejos. Afinal, como um dos protagonistas diz, “a vida é muito curta para ser pequena. Por isso, precisamos aproveitá-la”. Confira, a seguir, uma breve entrevista com o diretor.

- Como surgiu a ideia do roteiro?

Marcelo Galvão - Convivi com um tio, falecido em 2011, que tinha síndrome de Down. A inocência, a forma franca de falar, a emoção à flor da pele, o coração gigantesco e as atitudes engraçadas que ele tinha sempre me cativaram.

Por isso, resolvi escrever algo que transmitisse essa sensação boa. Colegas não fala sobre Down ou deficiência, e sim sobre sonhos, amizade, coragem, superação, amor – temas universais e atemporais.

- Foi sua intenção derrubar preconceitos?

Marcelo Galvão - O filme dialoga com todo mundo, principalmente com o público infantojuvenil. Conheci muitas pessoas que depois de assistirem ao longa vieram emocionadas me parabenizar pela oportunidade de ver um lado da síndrome até então desconhecido.

- Como você trata a questão da inclusão?

Marcelo Galvão - A verdadeira inclusão acontece a partir do momento em que você embarca na história, esquecendo que os três protagonistas são portadores de Down.

O maior problema do preconceito é a falta de contato com essas pessoas, porque, quando você as conhece, se apaixona. Nossos atores têm uma incrível capacidade de entreter o público, fazendo-o rir e chorar. Antigamente, a família era a principal responsável pela exclusão social, pois escondia os filhos com Down, dificultando a interação.

Hoje, muitos desses jovens frequentam escolas normais, trabalham e interagem de forma natural com a sociedade. Por isso, quanto mais pudermos expô-los a um convívio comum, mais iremos caminhar para uma vida justa e inclusiva.

Acompanhe tudo sobre:EntretenimentoEntrevistasFilmesServiços

Mais de Casual

Sexy repaginado: Calendário Pirelli traz nudez de volta às páginas — e dessa vez, não só a feminina

12 restaurantes que inauguraram em 2024 em São Paulo

João Fonseca bate Van Assche e vai à final do Next Gen Finals

Guia de verão no Rio: dicas de passeios, praias, bares e novidades da estação