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Em "Trem para Paris", Clint Eastwood revive atentado

Diretor saúda a coragem dos heróis comuns e o patriotismo americano em seu filme que estreia dia 22 nos cinemas brasileiros.

Filme conta como, em 2015, três amigos de infância americanos intervieram com as mãos vazias para controlar um jihadista armado (Warner Bros/Divulgação)

Filme conta como, em 2015, três amigos de infância americanos intervieram com as mãos vazias para controlar um jihadista armado (Warner Bros/Divulgação)

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AFP

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 16h57.

Com sua reconstituição do atentado fracassado no Thalys em 2015, Clint Eastwood saúda a coragem dos heróis comuns e o patriotismo americano em seu filme que estreia nesta sexta-feira (9) nos Estados Unidos e dia 22 nos cinemas brasileiros.

"15H17 - Trem para Paris" conta como, em 21 de agosto de 2015, três amigos de infância americanos intervieram com as mãos vazias para controlar um jihadista armado com um AK-47 e carregadores cheios no trem Thalys que liga Amsterdã a Paris. Uma ação que evitou um massacre.

Este novo projeto está em linha com a produção recente de Eastwood, retomando histórias reais de personagens com experiências extraordinárias, depois de "Sniper Americano" (2014), um filme bastante polêmico sobre um atirador de elite no Iraque, e "Sully: o herói do rio Hudson" (2016), sobre a aterrissagem forçada de um voo comercial no rio Hudson, estrelado por Tom Hanks.

Exceto que, ao contrário dos filmes anteriores, ele faz girar a história em torno dos três verdadeiros heróis do Thalys: Spencer Stone, Alek Skarlatos e Anthony Sadler.

"Foi muito interessante voltar ao trem. Psicologicamente, não foi traumático para nós, porque ninguém perdeu a vida naquele dia e muita coisa positiva surgiu de tudo isso", declarou Anthony Sadler ao semanário francês Paris Match.

O diretor também traz os socorristas e bombeiros que responderam ao alerta quando o Thalys Amsterdã-Paris foi desviado para a estação ferroviária de Arras, no norte da França.

Filmado sem brilho, a cena do Thalys acontece apenas no final do filme, que dura um pouco mais de 1h30 e permite ver mais claramente o desenrolar dos eventos.

- Imprensa não assistiu -

Por outro lado, o diretor de "Implacável" passa a primeira parte do filme a explorar o percurso desses três amigos inseparáveis, criados nos arredores de Sacramento (Califórnia).

Sua atenção se concentra especialmente em Spencer. Menino criado por sua mãe, fascinado por armas, colou na parede de seu quarto o cartaz do filme de Eastwood "Cartas de Iwo Jima" e sonha em salvar vidas, mesmo que não respeite as regras do jogo.

Cabeça raspada, foi ele o primeiro a atacar o jihadista, arriscando a própria vida.

Ao longo do filme, Eastwood semeará pistas para anunciar o destino desse personagem.

O filme, então, se concentrará no passeio pela Europa dos três companheiros (Veneza, Roma, Berlim, Amsterdã e Paris), resumido por cenas de bebedeiras, 'pole dace' numa boate e selfies em frente a lugares turísticos.

É no Palácio do Eliseu que esta história edificante termina: os três heróis receberam a Legião de Honra, a maior distinção na França.

Uma cena que mistura imagens de arquivo e reconstituição desajeitada com um falso presidente francês, de costas.

Muito aguardado, "15H17 - Trem para Paris" foi apresentado na França para um público escolhido cuidadosamente, mas não foi mostrado à imprensa.

O diretor quase não falou sobre este projeto, deixando o campo midiático para os três verdadeiros heróis.

Acompanhe tudo sobre:CinemaFilmesParis (França)

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