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É hoje: começa a temporada de ofertas da "Black Friday brasileira"

Com descontos de até 70% e lojas ainda com horário de funcionamento reduzidos, a Semana Brasil 2020 foca nas vendas online

Semana do Brasil: em 2019, as vendas cresceram 41% durante o período da campanha (Andrey Rudakov/Bloomberg/Getty Images)

Semana do Brasil: em 2019, as vendas cresceram 41% durante o período da campanha (Andrey Rudakov/Bloomberg/Getty Images)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 3 de setembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 3 de setembro de 2020 às 09h32.

A chamada Black Friday brasileira chega em sua segunda edição com algumas peculiaridades para lá de curiosas. A primeira delas é que a “Semana Brasil 2020”, na verdade, terá duração de dez dias. A segunda é que, diferentemente do apelido, a temporada de descontos criada pela Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom) e pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) começa nesta quinta-feira, e não na sexta-feira. 

Pelo segundo ano consecutivo, a ideia do governo é usar a “Semana Brasil” para impulsionar as vendas do varejo nacional. A temporada de descontos, que poderão chegar a até 70%, vai até o dia 13 de setembro. Com lojas físicas ainda fechadas ou com horário de funcionamento reduzidos devido à pandemia, este ano o foco deve ser nas vendas online. “Estamos mobilizando todo o varejo para buscar as melhores formas de viabilizar as ações promocionais. Esta é uma ação totalmente suprapartidária, que trará benefícios para a economia do país como um todo”, disse o conselheiro do IDV, Marcos Gouvêa de Souza.

Mesmo com todos os shoppings reabertos, a brMalls, por exemplo, vai apostar no e-commerce para dar mais comodidade e segurança aos consumidores durante a Semana Brasil. Os marketplaces dos oito shoppings do Rio de Janeiro e São Paulo vão oferecer promoções e descontos exclusivos, além de realizar a entrega dos produtos no mesmo dia. Os canais de venda são integrados aos novos aplicativos de cada shopping que já estão disponíveis nos sistemas Android e IOS.

O SP Market, em São Paulo, também vai aderir. "A ação abraça uma causa essencial para o comércio nacional, principalmente após vivenciarmos um período crítico da economia, no qual todas as lojas estiveram fechadas. Por esse motivo, ofereceremos descontos de até 70% em nossas lojas que abrangem um mix extenso de segmentos e opções para todos os tipos de consumidores. Estamos otimistas de que será uma ótima oportunidade para movimentar as vendas", afirma o diretor do shopping Sylvio Carvalho.

No ano passado, mais de 2.800 marcas dos mais variados segmentos, como alimentação, vestuário, eletrônicos, academias, participaram da dessa Black Friday brasileira. Segundo a Ebit/Nielsen, o aumento nas vendas online no período foi de 41%, enquanto as vendas no varejo físico cresceram 11,3%. O objetivo é agregar a data nos calendários do varejo. “Faremos tudo isso com respeito às normas de segurança sanitária, com empresários e consumidores cientes da importância da manutenção e fomento das relações comerciais, bem como do cuidado com a saúde do próximo”, disse Fábio Wajngarten, secretário executivo do Ministério das Comunicações, em pronunciamento. 

As ofertas chegam, no entanto, em um momento delicadíssimo para a economia e, especialmente, para as famílias brasileiras, que representam 56% do PIB. Na terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou a queda histórica de 12,5% no consumo das famílias no segundo trimestre do ano ante o primeiro. Veremos como será essa temporada de descontos.

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