Domínio de Vettel não afeta a audiência, diz Ecclestone
Fórmula 1 conseguiu manter índices de audiência firmes na década passada, mesmo com o domínio de apenas um piloto
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2013 às 22h53.
Madri - O domínio de Sebastian Vettel na Fórmula 1 , que provocou deboche em corridas da Bélgica até Cingapura, não está afetando os ratings de audiência televisiva, de acordo com o presidente da série, Bernie Ecclestone.
Vettel, que venceu nas últimas cinco corridas com a Red Bull Racing, pode garantir seu quarto título consecutivo em 27 de outubro em Nova Deli caso finalize entre os cinco primeiros colocados. Depois que Michael Schumacher obteve o título de 2002 a seis corridas do final, os ratings televisivos caíram em um terço em partes da Europa e a Fórmula 1 mudou as regras de qualificação e obtenção de pontos.
Atualmente há “entre quatro e cinco vezes” mais mudanças de posição na Fórmula 1 do que na era de Schumacher, e a audiência global média das corridas, de cerca de 50 milhões, somente teve uma queda “muito marginal” nesta temporada, conforme Kevin Alavy, diretor de gestão da Mediabrands’s Futures Sport + Entertainment, sediada em Nova York. Os fãs continuarão a assistir caso Vettel perca, segundo Ecclestone.
“É um pouco parecido com Roger Federer ou Muhammad Ali”, declarou Ecclestone em uma entrevista. “Vettel é o melhor e as pessoas querem estar ali quando ele perder”.
A Fórmula 1, que obtém aproximadamente um terço de sua renda anual de US$ 1,4 bilhão com direitos televisivos, conseguiu manter índices de audiência firmes na década passada, ao passo que outros esportes como o tênis e o golfe “se prejudicaram” acrescentando eventos demais e sofreram quedas nos ratings, explicou Alavy. Há 19 Grandes Prêmios nesta temporada, comparado a 17 em 2002.
Novos fãs
É verdade que a série passa por dificuldades para ganhar adeptos fora do seu centro europeu. Sua audiência caiu na China, na Rússia e nos EUA durante a última temporada, conforme o relatório interno de transmissão da Fórmula 1.
Vettel, de 26 anos, tentará entrar no clube dos que obtiveram quatro títulos consecutivos, unindo-se a seu compatriota alemão Schumacher e ao argentino Juan Manuel Fangio. Se conseguir, será o corredor mais jovem a ter realizado o feito. Schumacher obteve o recorde de sete títulos durante sua carreira.
Alguns fãs se mofaram das vitórias de Vettel nos Grandes Prêmios da Bélgica e da Itália. Outros espectadores fizeram o mesmo na seguinte carreira, em Cingapura, onde Vettel venceu por mais de meio minuto. Ele responsabilizou um grupo de tradicionalistas da Ferrari simpatizantes de Fernando Alonso, seu principal concorrente no campeonato.
Depois do Prêmio da Coreia do Sul, em 6 de outubro, o corredor da Mercedes Lewis Hamilton declarou que sentia pena pelos fãs porque a supremacia de Vettel lhe fazia lembrar de quando ele ia dormir durante corridas lideradas por Schumacher do começo até o fim, informou o jornal Daily Telegraph.
Vitória no Japão
Quatro dias depois, em Suzuka, Japão, Vettel afirmou que seu domínio nesta temporada não chega nem perto daquele de Schumacher: o “amortecimento” do seu carro da Red Bull durante a corrida na Coreia foi dentre três e seis segundos e um erro que travou uma roda poderia ter eliminado sua vantagem, explicou Vettel. Graças à equipe da Ferrari, em 2002 Schumacher conseguiu liderar por até um minuto, segundo Vettel.
Ecclestone declarou que Vettel poderia ser melhor do que Schumacher e o brasileiro Ayrton Senna, tricampeão falecido em 1994 em um acidente durante uma corrida.
“É difícil ter certeza de quem é o melhor”, disse Ecclestone. “As pessoas não sabem quantos títulos Senna teria obtido, mas provavelmente Vettel seja o melhor já visto. As pessoas reclamam porque ele vence sempre, mas as corridas são boas”.
Madri - O domínio de Sebastian Vettel na Fórmula 1 , que provocou deboche em corridas da Bélgica até Cingapura, não está afetando os ratings de audiência televisiva, de acordo com o presidente da série, Bernie Ecclestone.
Vettel, que venceu nas últimas cinco corridas com a Red Bull Racing, pode garantir seu quarto título consecutivo em 27 de outubro em Nova Deli caso finalize entre os cinco primeiros colocados. Depois que Michael Schumacher obteve o título de 2002 a seis corridas do final, os ratings televisivos caíram em um terço em partes da Europa e a Fórmula 1 mudou as regras de qualificação e obtenção de pontos.
Atualmente há “entre quatro e cinco vezes” mais mudanças de posição na Fórmula 1 do que na era de Schumacher, e a audiência global média das corridas, de cerca de 50 milhões, somente teve uma queda “muito marginal” nesta temporada, conforme Kevin Alavy, diretor de gestão da Mediabrands’s Futures Sport + Entertainment, sediada em Nova York. Os fãs continuarão a assistir caso Vettel perca, segundo Ecclestone.
“É um pouco parecido com Roger Federer ou Muhammad Ali”, declarou Ecclestone em uma entrevista. “Vettel é o melhor e as pessoas querem estar ali quando ele perder”.
A Fórmula 1, que obtém aproximadamente um terço de sua renda anual de US$ 1,4 bilhão com direitos televisivos, conseguiu manter índices de audiência firmes na década passada, ao passo que outros esportes como o tênis e o golfe “se prejudicaram” acrescentando eventos demais e sofreram quedas nos ratings, explicou Alavy. Há 19 Grandes Prêmios nesta temporada, comparado a 17 em 2002.
Novos fãs
É verdade que a série passa por dificuldades para ganhar adeptos fora do seu centro europeu. Sua audiência caiu na China, na Rússia e nos EUA durante a última temporada, conforme o relatório interno de transmissão da Fórmula 1.
Vettel, de 26 anos, tentará entrar no clube dos que obtiveram quatro títulos consecutivos, unindo-se a seu compatriota alemão Schumacher e ao argentino Juan Manuel Fangio. Se conseguir, será o corredor mais jovem a ter realizado o feito. Schumacher obteve o recorde de sete títulos durante sua carreira.
Alguns fãs se mofaram das vitórias de Vettel nos Grandes Prêmios da Bélgica e da Itália. Outros espectadores fizeram o mesmo na seguinte carreira, em Cingapura, onde Vettel venceu por mais de meio minuto. Ele responsabilizou um grupo de tradicionalistas da Ferrari simpatizantes de Fernando Alonso, seu principal concorrente no campeonato.
Depois do Prêmio da Coreia do Sul, em 6 de outubro, o corredor da Mercedes Lewis Hamilton declarou que sentia pena pelos fãs porque a supremacia de Vettel lhe fazia lembrar de quando ele ia dormir durante corridas lideradas por Schumacher do começo até o fim, informou o jornal Daily Telegraph.
Vitória no Japão
Quatro dias depois, em Suzuka, Japão, Vettel afirmou que seu domínio nesta temporada não chega nem perto daquele de Schumacher: o “amortecimento” do seu carro da Red Bull durante a corrida na Coreia foi dentre três e seis segundos e um erro que travou uma roda poderia ter eliminado sua vantagem, explicou Vettel. Graças à equipe da Ferrari, em 2002 Schumacher conseguiu liderar por até um minuto, segundo Vettel.
Ecclestone declarou que Vettel poderia ser melhor do que Schumacher e o brasileiro Ayrton Senna, tricampeão falecido em 1994 em um acidente durante uma corrida.
“É difícil ter certeza de quem é o melhor”, disse Ecclestone. “As pessoas não sabem quantos títulos Senna teria obtido, mas provavelmente Vettel seja o melhor já visto. As pessoas reclamam porque ele vence sempre, mas as corridas são boas”.