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Diabetes e gravidez: controle de glicemia no pré-natal

Planejar a gravidez é essencial para a mulher diabética, pois ela precisa ter o melhor controle glicêmico possível para que não haja complicações na gestação

Gravidez: quando a mãe é diabética, devido às grandes cargas de glicose que são enviadas ao bebê, a criança tende a crescer mais que o normal (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2013 às 12h23.

São Paulo - Diabetes é uma doença metabólica que afeta a manutenção da glicose no organismo, caracterizada por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia). No contexto gestação e gravidez há duas formas de abordar a doença: o caso de mulheres que já eram diabéticas antes da gravidez, e naquelas nas quais a doença foi adquirida após a concepção, denominada diabetes gestacional.

A gravidez da mulher diabética

Planejar a gravidez é essencial para a mulher diabética, pois ela precisa ter o melhor controle glicêmico possível para que não haja complicações na gestação, o que pode comprometer a formação do bebê.

Segundo a médica Rossana Pulcinelli, professora associada da disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP), caso a paciente diabética tenha algum problema de saúde relacionado à doença, ele deve ser tratado antes da concepção.

“Complicações como problemas renais e oculares devem ser tratados antes da gravidez para que não sejam agravados”, explica.

Diabetes gestacional

Neste caso, mulheres com excesso de peso são mais predispostas a desenvolver o problema. Também entram neste grupo as com histórico de diabetes tipo 2 na família, hipertensas ou que, em gestações anteriores, tiveram bebês nascidos com mais de 4kg.

Diabetes e o bebê

Quando a mãe é diabética, devido às grandes cargas de glicose que são enviadas ao bebê, a criança tende a crescer mais que o normal, o que pode acarretar em parto prematuro.


“Uma criança exposta ao ambiente intrauterino com muita glicose tem grandes chances de ser diabética e obesa na vida adulta”, alerta a especialista.

Diagnóstico

A diabetes age de forma silenciosa, entretanto, quando há suspeita da doença, as pacientes são submetidas a um teste de tolerância à glicose. A forma mais popular é por sobrecarga de glicose via oral, exame que avalia a glicemia do organismo após sua ingestão.

Tratamento

Na fase inicial da doença, o tratamento é baseado em dietas, exercícios físicos e controle glicêmico, entretanto, quando essas medidas já não são mais suficientes, o paciente deve partir para o uso da insulina.

Prevenção

Manter um peso adequado antes da gestação, praticar atividades físicas e possuir uma vida saudável de um modo geral são pontos essenciais para a prevenção da diabetes durante a gravidez.

“É importante que a paciente diabética gestacional, mesmo após a gestação, continue fazendo avaliações de glicemia para manter-se informada de seu quadro clínico, pois o maior fator de risco pra uma mulher tornar-se diabética é ter tido diabetes na gravidez”, diz Rossana.

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São Paulo - Diabetes é uma doença metabólica que afeta a manutenção da glicose no organismo, caracterizada por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia). No contexto gestação e gravidez há duas formas de abordar a doença: o caso de mulheres que já eram diabéticas antes da gravidez, e naquelas nas quais a doença foi adquirida após a concepção, denominada diabetes gestacional.

A gravidez da mulher diabética

Planejar a gravidez é essencial para a mulher diabética, pois ela precisa ter o melhor controle glicêmico possível para que não haja complicações na gestação, o que pode comprometer a formação do bebê.

Segundo a médica Rossana Pulcinelli, professora associada da disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP), caso a paciente diabética tenha algum problema de saúde relacionado à doença, ele deve ser tratado antes da concepção.

“Complicações como problemas renais e oculares devem ser tratados antes da gravidez para que não sejam agravados”, explica.

Diabetes gestacional

Neste caso, mulheres com excesso de peso são mais predispostas a desenvolver o problema. Também entram neste grupo as com histórico de diabetes tipo 2 na família, hipertensas ou que, em gestações anteriores, tiveram bebês nascidos com mais de 4kg.

Diabetes e o bebê

Quando a mãe é diabética, devido às grandes cargas de glicose que são enviadas ao bebê, a criança tende a crescer mais que o normal, o que pode acarretar em parto prematuro.


“Uma criança exposta ao ambiente intrauterino com muita glicose tem grandes chances de ser diabética e obesa na vida adulta”, alerta a especialista.

Diagnóstico

A diabetes age de forma silenciosa, entretanto, quando há suspeita da doença, as pacientes são submetidas a um teste de tolerância à glicose. A forma mais popular é por sobrecarga de glicose via oral, exame que avalia a glicemia do organismo após sua ingestão.

Tratamento

Na fase inicial da doença, o tratamento é baseado em dietas, exercícios físicos e controle glicêmico, entretanto, quando essas medidas já não são mais suficientes, o paciente deve partir para o uso da insulina.

Prevenção

Manter um peso adequado antes da gestação, praticar atividades físicas e possuir uma vida saudável de um modo geral são pontos essenciais para a prevenção da diabetes durante a gravidez.

“É importante que a paciente diabética gestacional, mesmo após a gestação, continue fazendo avaliações de glicemia para manter-se informada de seu quadro clínico, pois o maior fator de risco pra uma mulher tornar-se diabética é ter tido diabetes na gravidez”, diz Rossana.

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