(Nathan Laine/Getty Images)
Publicado em 24 de abril de 2023 às 13h25.
Última atualização em 24 de abril de 2023 às 13h45.
O gigante de artigos de luxo LVMH, dono de marcas como Louis Vuitton, Fendi e Christian Dior, se tornou a primeira empresa europeia a ultrapassar US$ 500 bilhões em valor de mercado, graças ao aumento das vendas na China e ao fortalecimento do euro.
Há menos de duas semanas, a LVMH já havia se tornado uma das dez empresas mais valiosas do mundo, impulsionada por um salto nas vendas do primeiro trimestre.
A rival Hermès International também divulgou resultados fortes, reforçando a visão de que a reabertura da China está alimentando o crescimento em todo o setor.
A alta das ações da LVMH aumenta a fortuna da pessoa mais rica do mundo, Bernard Arnault, que transformou a LVMH em uma potência global por meio de uma série de aquisições. Seu patrimônio agora está avaliado em quase US$ 212 bilhões, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg.
A demanda pelos produtos de luxo da LVMH se manteve mesmo com inflação e juros altos que alimentam temores de recessão.
A LVMH alertou este mês que está vendo uma desaceleração no crescimento nos EUA, e alguns investidores temem que a ação seja prejudicada caso a desaceleração econômica piore.
Por enquanto, paradoxalmente, a preocupação com uma recessão está elevando o valor da LVMH em dólares. O euro este mês saltou para seu nível mais alto em mais de um ano, com a expectativa de que uma piora na economia dos EUA levará o Federal Reserve a cortar juros ainda neste ano, enquanto o Banco Central Europeu mantém um tom hawkish.
Os analistas têm aumentado o preço-alvo para ação da LVMH e veem espaço para mais ganhos. Dos 36 analistas sondados pela Bloomberg, 30 têm uma recomendação de compra para o papel.
Ashley Wallace, do Bank of America, vê a ação atingindo € 1 mil no próximo ano, ante cerca de € 903 agora.
“A LVMH está muito barata, dada à atratividade do setor de bens de luxo, seu forte portfólio de marcas e a melhor execução no setor”, disse Wallace em um relatório.
Arnault é chairman e CEO da LVMH. Ele e sua família possuem uma participação de 48% no negócio, e ele está preparando o terreno para manter a empresa sob controle familiar nas próximas décadas.
Sua fortuna de US$ 211 bilhões vem principalmente de sua participação de 97,5% na Christian Dior SE, controladora de 41,2% da LVMH.
Arnault também possui uma participação na Moelis & Company e US$ 10,7 bilhões em dinheiro.
Ele iniciou sua carreira em uma empresa de construção e, em 1984, adquiriu a Financière Agache, reorganizando-a e vendendo todas as suas participações, exceto a Christian Dior e o Le Bon Marché.
Em 1987, foi convidado a investir na LVMH e se tornou o maior acionista, presidente do conselho e CEO da empresa dois anos depois. Trata-se de uma empresa com um grande lucro líquido que tem aumentado o capital de Arnault.
Bernard Arnault, dono do gigante de artigos de luxo LVMH (que detém marcas como Louis Vuitton, Dior e Givenchy), assumiu o topo da lista, no lugar de Elon Musk.
Esta é a primeira vez que um francês lidera o ranking, segundo a "Forbes".
Musk caiu do primeiro para o segundo lugar após a aquisição do Twitter, que ajudou a afundar as ações da Tesla.
Os Estados Unidos ainda possuem o maior número de bilionários. Entre os 25 primeiros, 17 são americanos. Em toda a lista, são 735 membros da lista no valor coletivo de US$ 4,5 trilhões.
A China (incluindo Hong Kong e Macau) permanece em segundo lugar com 562 bilionários no valor de US$ 2 trilhões, seguida pela Índia, com 169 bilionários no valor de US$ 675 bilhões.