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Capela Sistina terá novos sistemas de ar e iluminação

Poeira vinda do lado de fora, suor e dióxido de carbono representam um grande risco para as obras de arte, que têm mais de 500 anos

Capela Sistina: para proteger afrescos, Vaticano decidiu restringir número de visitantes na capela (Reprodução/Wikimedia Commons)

Capela Sistina: para proteger afrescos, Vaticano decidiu restringir número de visitantes na capela (Reprodução/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2014 às 20h11.

Cidade do Vaticano - O Vaticano apresentou na quarta-feira novos sistemas de iluminação e purificação do ar de alta tecnologia e eficientes em energia, a fim de proteger os delicados afrescos de Michelângelo na Capela Sistina de possíveis danos causados pelo crescente volume de turistas.

Poeira vinda do lado de fora, suor e dióxido de carbono representam um grande risco para as obras de arte, que têm mais de 500 anos.

Elas incluem uma das mais famosas cenas na história da arte, um Deus barbudo com o braço esticado para dar vida a Adão.

Para proteger os afrescos, o Vaticano decidiu restringir o número de visitantes na capela, onde os papas são eleitos em conclaves secretos, para seis milhões ao ano. 

Os sistemas de iluminação e de ar condicionado foram instalados em 1994, quando o número de visitantes estava em cerca de 1,5 milhão, e tornou-se inadequado para proteger o trabalho do mestre do Renascimento atualmente.

O novo sistema de filtragem e de condicionamento de ar, que é invisível a visitantes e utiliza aberturas para dutos já existentes, move o ar a uma velocidade muito baixa, para não danificar os afrescos. 

Câmeras escondidas, incluindo duas sobre o grande painel do Juízo Final atrás do altar, fazem a averiguação do número de pessoas, ao passo que 70 monitores controlam máquinas do lado de fora da capela para determinar o fluxo de ar, filtrar a poeira e reduzir a humidade. 

“Esta capela é uma estrutura única, então passamos bastante tempo entendendo como o ar flui aqui para mapear a tecnologia”, disse John Mandyck, chefe de sustentabilidade da Carrier, uma unidade do grupo United Technologies que desenvolveu o sistema. 

“O ar flui aqui diferente de como faz, por exemplo, em um escritório ou em outra igreja”, disse ele a repórteres durante uma apresentação.

O novo sistema de luz, feito pela alemã Osram, utiliza cerca de 7.000 lâmpadas de LED, que consomem até 90 por cento menos energia do que anteriormente, reduzindo o calor para proteger os afrescos.

Nem o Vaticano nem as empresas revelaramm o custo desses trabalhos. 

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