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Bowie passeia por 50 anos de mudanças em Nothing Has Changed

O artista celebra 50 anos de carreira com uma ambiciosa antologia, que reflete a diversidade que cultivou ao longo da vida

David Bowie: aos 67 anos, o inglês aproveita a ocasião para lançar um novo single (Frank Micelotta/ImageDirect/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 09h17.

Londres - O cantor britânico David Bowie celebra 50 anos de carreira com "Nothing Has Changed", uma ambiciosa antologia que reflete a diversidade de rostos que cultivou ao longo de sua vida um músico que não se parece nunca com si mesmo.

Aos 67 anos, o inglês aproveita a ocasião para lançar um novo single, "Sue (Or In A Season Of Crime)", uma obscura peça de quase oito minutos que brinca com um estilo de jazz atonal que já tinha explorado ocasionalmente em sua longa trajetória.

A publicação da coletânea foi complementada com a estreia no Reino Unido do filme "David Bowie Is", um documentário em torno da exposição dedicada ao artista pelo popular Museu Victoria & Albert de Londres em 2013.

Lançado nesta semana, "Nothing Has Changed", tem duas versões - CD duplo ou triplo - e é a nova prova de vida de um artista que desvaneceu durante quase uma década antes de lançar ano passado, de surpresa, seu último álbum de estúdio, "The Next Day".

A nova coletânea cobre grande parte dos períodos do músico: desde o adolescente David Jones que entrou em um estúdio pela primeira vez em 1964 para gravar "Liza Jane", um rock de sabor clássico, ao dândi de culto que em 2013 assinou sua ressurreição musical com 14 novas músicas.

Entre esses dois extremos, Bowie foi o "mod" londrino do fim dos anos 60, o extraterrestre andrógino Ziggy Stardust dos 70, o cavaleiro expressionista de sua etapa alemã e inclusive o arlequim do início dos anos 80.

Para englobar essa pluralidade de facetas, o músico escolheu como título de seu novo trabalho um fragmento de "Sunday", incluído em seu 22º álbum, "Heathen" (2002).

"Para dizer a verdade, isto é o princípio do nada. E nada mudou. Tudo mudou", cantava há mais de uma década Bowie, que em 1972 ficou no topo das paradas com "Changes", uma reivindicação de sua imutável personalidade.

Bowie, nascido no londrino bairro de Brixton e estabelecido em Nova York há anos, escolheu três capas distintas para as diversas versões de seu novo "greatest hits".

Todas elas têm como ponto comum sua imagem refletida em um espelho. A edição de luxo traz uma fotografia tirada por Jimmy King em 2013 na qual Bowie observa sua própria imagem de homem maduro, com o cabelo penteado para trás.

A edição de dois CDs, por outro lado, retoma uma imagem de 1975, tirada por Steve Schapiro, na qual o músico, no ápice da juventude e com o cabelo crespo, se observa em um pequeno espelho.

A capa do vinil também volta aos primeiros anos de carreira do cantor, com uma foto tirada em 1972 por Mick Rock na casa que Bowie tinha em Beckenham, ao sul de Londres.

Ainda há outro novo produto à venda para os fãs de Bowie, um single de dez polegadas com "Sue (Or In A Season Of Crime)" no lado A e com "This A Pity She"s A Whore", uma nova música experimental com tinturas eletrônicas, no lado B.

Essa música, produzida mais uma vez por Tony Visconti, um dos colaboradores mais antigos de Bowie, é a principal novidade de uma compilação que oculta algumas outras joias.

Estão no repertório "Let Me Sleep Beside You", uma gravação inédita que foi feita nas sessões do álbum "Toy" (2001); "Your Turn To Drive", até agora só disponível em formato digital, e uma reedição de "Shadow Man", de 1971.

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A publicação da coletânea foi complementada com a estreia no Reino Unido do filme "David Bowie Is", um documentário em torno da exposição dedicada ao artista pelo popular Museu Victoria & Albert de Londres em 2013.

Lançado nesta semana, "Nothing Has Changed", tem duas versões - CD duplo ou triplo - e é a nova prova de vida de um artista que desvaneceu durante quase uma década antes de lançar ano passado, de surpresa, seu último álbum de estúdio, "The Next Day".

A nova coletânea cobre grande parte dos períodos do músico: desde o adolescente David Jones que entrou em um estúdio pela primeira vez em 1964 para gravar "Liza Jane", um rock de sabor clássico, ao dândi de culto que em 2013 assinou sua ressurreição musical com 14 novas músicas.

Entre esses dois extremos, Bowie foi o "mod" londrino do fim dos anos 60, o extraterrestre andrógino Ziggy Stardust dos 70, o cavaleiro expressionista de sua etapa alemã e inclusive o arlequim do início dos anos 80.

Para englobar essa pluralidade de facetas, o músico escolheu como título de seu novo trabalho um fragmento de "Sunday", incluído em seu 22º álbum, "Heathen" (2002).

"Para dizer a verdade, isto é o princípio do nada. E nada mudou. Tudo mudou", cantava há mais de uma década Bowie, que em 1972 ficou no topo das paradas com "Changes", uma reivindicação de sua imutável personalidade.

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Todas elas têm como ponto comum sua imagem refletida em um espelho. A edição de luxo traz uma fotografia tirada por Jimmy King em 2013 na qual Bowie observa sua própria imagem de homem maduro, com o cabelo penteado para trás.

A edição de dois CDs, por outro lado, retoma uma imagem de 1975, tirada por Steve Schapiro, na qual o músico, no ápice da juventude e com o cabelo crespo, se observa em um pequeno espelho.

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Ainda há outro novo produto à venda para os fãs de Bowie, um single de dez polegadas com "Sue (Or In A Season Of Crime)" no lado A e com "This A Pity She"s A Whore", uma nova música experimental com tinturas eletrônicas, no lado B.

Essa música, produzida mais uma vez por Tony Visconti, um dos colaboradores mais antigos de Bowie, é a principal novidade de uma compilação que oculta algumas outras joias.

Estão no repertório "Let Me Sleep Beside You", uma gravação inédita que foi feita nas sessões do álbum "Toy" (2001); "Your Turn To Drive", até agora só disponível em formato digital, e uma reedição de "Shadow Man", de 1971.

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