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Bob Dylan inicia turnê pelo Brasil com show no Rio

O músico fez um show predominantemente de rock’'n'’roll na abertura de sua turnê pela América Latina

Bob Dylan no 17º Prêmio Anual de Escolha da Crítica em Hollywood:  antes do show no Citibank Hall, a produção advertiu mais de uma vez: "Se fotografar, ele vai embora" (Christopher Polk/Getty Images for VH1)

Bob Dylan no 17º Prêmio Anual de Escolha da Crítica em Hollywood: antes do show no Citibank Hall, a produção advertiu mais de uma vez: "Se fotografar, ele vai embora" (Christopher Polk/Getty Images for VH1)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2012 às 10h30.

São Paulo - Sem dizer nem um obrigado à plateia, mas parecendo estar se divertindo muito, Bob Dylan fez um show predominantemente de rock’'n'’roll na abertura de sua turnê pela América Latina, neste domingo à noite no Citibank Hall, no Rio. Ele abriu a noite com a música costumeira, "Leopard-Skin Pill-Box Hat", tocando teclado, às 20h10. O local estava somente com dois terços de sua capacidade ocupados, provavelmente por causa dos altos preços dos ingressos (o mais barato estava a R$ 500).

Havia também uma espécie de "Estado de sítio" para as câmeras e celulares. Antes do show, advertiram mais de uma vez: "Se fotografar, ele vai embora". Dylan dançou, batucou nas caixas de som e mostrou-se muito disposto. Estava com a voz mais clara e a dicção mais cristalina que em 2008, seu último show no Brasil. Em "Ballad of a Thin Man", sua voz é processada para criar eco. O público, por causa dos lugares vazios, foi para a frente e cantou a plenos pulmões músicas como "Like a Rolling Stone" e "Desolation Row". As exigências do misantropo Dylan incluem uma iluminação de palco que parece à luz de velas, bruxuleante e instável.

Entre esgares que parecem sorrisos e uma condução impecável de seu repertório, o mito reafirma uma forma artística espetacular. Os seus blues mais vigorosos soam frescos e renovados, como "Beyond Here Lies Nothin’" e "Tangled Up in Blue". "Desolation Row" foi de cortar o coração, interminável oração de deserdados com acento gospel e violentos rasantes de guitarra. Durante "Summer Days", ele foi até detrás de uma caixa acústica e tomou um gole de um treco que parecia limonada, meio verde.

Em "Forgetfull Heart", acompanhado de violino, gaita e contrabaixo acústico tocado com um arco de cordas, Dylan criou o momento mais pungente do show. Em "The Levee’s Gonna Break", ele foi ao teclado Korg com um jeito displicente, como se duvidasse de sua missão de estar eternamente na estrada.

Em "Simple Twist of Faith", a décima da noite, deu para ver uma gota de suor pingando do chapéu. Ao final, após "All Along the Watchtower", o público ficou esperando um bis que não viria. Dylan não bisa, mas aterroriza. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Setlist:

"Leopard-Skin Pill-Box Hat"

"It Ain't me Baby"

"Things Have Changed"

"Tangled Up in Blue"

"The Levee's Gonna Break"

"Trying To Get To Heaven"

"Beyond Here Lies Nothin'"

"Desolation Row"

"Summer Days"

"Simple Twist of Fate"

"Highway 61 Revisited"

"Forgetful Heart"

"Thunder on the Mountain"

"Ballad of a Thin Man"

"Like a Rolling Stone"

"All Along the Watchtower"

Próximos Shows:

Dia 17

Brasília

Ginásio Nilson Nelson

Dia 19

Belo Horizonte

Chevrolet Hall

Dias 21 e 22

São Paulo

Credicard Hall

Dia 24

Porto Alegre

Pepsi On Stage

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