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"Bingo - O Rei das Manhãs" representará o Brasil no Oscar de 2018

O drama aborda a vida de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo na televisão brasileira na década de 80

Bingo: o longa concorreu à indicação com outros 22 filmes (Warner Bros/Reprodução)
AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de setembro de 2017 às 13h02.

Última atualização em 15 de setembro de 2017 às 13h11.

A Academia Brasileira de Cinema anunciou que Bingo – O Rei das Manhãs, com direção de Daniel Rezende,  é o longa nacional escolhido para concorrer ao prêmio de melhor filme em língua estrangeira no Oscar no próximo ano.

A decisão foi divulgada ao meio dia de hoje (15), na Cinemateca, na capital paulista.

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Mais de 200 membros da comissão formada por profissionais da área cinematográfica ajudaram na tomada de decisão.

Jorge Peregrino, vice-presidente da academia, avalia que a safra de filmes apresentados este ano mostrou muita qualidade, mas Bingo superou expectativas.

O drama aborda a vida de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo na televisão brasileira na década de 80. Apesar da fama, ele não era reconhecido pelo público na rua, o que o levou à frustração e envolvimento com drogas.

Bingo concorreu à indicação com outros 22 filmes.

O cineasta e produtor João Daniel Tikhomiroff, membro da comissão, disse que foram levados em conta quesitos como universalidade, linguagem cinematográfica e compreensão internacional.

“Bingo preenche todos os quesitos”, declarou. “Além de ser extremamente bem estruturado, com roteiro, elenco e edição, é muito bem-feito. Nos deixou bastante impactados e este é o primeiro critério que focamos”, avalia.

Segundo ele, a escolha demorou mais que o esperado, já que a comissão era formada por membros com opiniões divergentes. “Foi difícil escolher, tinha obras muito relevantes. Teríamos pelo menos três ou quatro filmes que poderiam representar o Brasil”, revelou.

O cineasta Miguel Faria Júnior, também membro da comissão, disse que não focou no público dos Estados Unidos, onde será disputado o Oscar.

“Quis escolher o filme mais importante, o melhor produzido no Brasil este ano. Normalmente, o que faz sucesso fora do Brasil são os mais provincianos, não são filmes com capa de marketing”, disse.

Confira o trailer do longa:

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