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Bieber é criticado, denunciado e censurado na Argentina

A polêmica passagem de Justin Bieber pela Argentina provocou tanta irritação que cantor foi processado e censurado no norte do país como forma de protesto


	Justin Bieber: cantor falou que ficou fascinado com os shows realizados no país e está ansioso para voltar
 (Christopher Polk/Getty Images)

Justin Bieber: cantor falou que ficou fascinado com os shows realizados no país e está ansioso para voltar (Christopher Polk/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2013 às 09h54.

Buenos Aires - A polêmica passagem de Justin Bieber pela Argentina deixou um agridoce sabor na boca das autoridades e provocou tanta irritação em alguns setores que foi processado judicialmente e censurado no norte do país como forma de protesto por seu ultraje à bandeira argentina.

A prefeitura de Capayán, um departamento de cerca de 15 mil habitantes situado na província de Catamarca, a 1.100 km de Buenos Aires, decidiu suspender a difusão de músicas do cantor canadense na rádio municipal e pediu a outros meios que se juntem à ideia.

A decisão foi tomada quando começou a circular na internet um vídeo em que o cantor "varre" do palco uma bandeira argentina dada por uma fã.

Um comunicado emitido pela Prefeitura de Capayán e assinado pelo prefeito, Alfredo Hoffmann, expressou o "repúdio ao artista de origem canadense Justin Bieber por sua atitude frente a nossa bandeira nacional".

"Suspendemos a difusão de qualquer música de Justin Bieber e solicitamos aos diferentes meios que tomem a mesma medida levando em conta o desprezo que ele demonstrou pela pátria", disse à Agência Efe o secretário do governo de Capayán, Miguel Juárez.

O objetivo da medida é "expressar o repúdio frente a uma atitude que consideramos que denigre todos os argentinos", acrescentou o secretário.

O município "não proibiu nada", afirmou, mas "suspendemos a difusão de Justin Bieber e, nesse sentido, solicitamos a adesão dos diferentes meios, porque achamos que tem a haver com um sentimento de "argentinidade"".

A atitude de Bieber com a bandeira gerou no país uma inundação de críticas contra o cantor. Alguns dias depois ele se justificou pelo Twitter.

"Ouvi falar sobre o que está acontecendo comigo na Argentina e estou chocado. Eu amo a Argentina e aconteceram lá alguns dos melhores shows da turnê."


O cantor explicou que em todas as suas apresentações pessoas jogam objetos no palco e ele os retira a fim de evitar possíveis acidentes. Na ocasião, o cantor disse que pensou se tratar de uma peça íntima.

"Eu nunca faria qualquer coisa para desrespeitar a Argentina, o povo da Argentina ou os fãs. Estou tão triste com quem viu minhas ações de forma errada. Eu espero que possam me perdoar por esse erro. Mais uma vez: povo da Argentina me desculpe se isso tomou o caminho errado e me desculpe pelo meu erro. Espero que vocês aceitem isso", declarou.

O cantor falou ainda que ficou fascinado com os shows realizados no país e está ansioso para voltar. E finalizou suas mensagens com um "te amo".

No último dia 10, Bieber cantou menos de uma hora na Argentina. O cantor suspendeu seu terceiro e último show no país alegando estar com uma intoxicação alimentar.

"Além de tudo isso, ainda estão atentando contra a liberdade de expressão", disse sobre a decisão Paula "Miki" Vázquez, membro do fã-clube de Justin Bieber na Argentina.

Paula afirmou que o cantor tem ordem para tirar tudo o que atiram sobre o palco porque alguém pode tropeçar.

"O próprio Justin já esclareceu o que aconteceu. Não é necessário tanto. É demais", sustentou Miki Vázquez, que acrescentou que "há coisas piores, como ele ter ido embora do show. Isso é pior do que ele ter "varrido" ou não a bandeira".

Para o secretário de Capayán, no entanto "as desculpas devem ser pedidas pessoalmente, mas analisaremos dentro do Executivo municipal para determinar até quando continuaremos com esta medida".

Como se fosse pouco, um advogado argentino ratificou uma denúncia judicial contra Justin Bieber por ultraje à bandeira do país, delito contemplado no Código Penal argentino com penas de um a quatro anos de prisão.

"A bandeira é muito mais que um pedaço de pano: nos representa e por ela muitos morreram", comentou à Efe o advogado denunciante Jorge Alberto Estrada.

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