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Alergias: conheça o seu inimigo e evite sustos

Sejam respiratórias ou alimentares, as alergias podem levar a quadros graves e merecem toda a nossa atenção


	Sintomas: além desta irritação, que é a rinite, são frequentes a coriza e irritação de faringe e laringe (rouquidão e dor de garganta)
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Sintomas: além desta irritação, que é a rinite, são frequentes a coriza e irritação de faringe e laringe (rouquidão e dor de garganta) (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 10h53.

São Paulo - O sistema imunológico é um mecanismo do organismo que objetiva nos proteger de invasores como vírus ou bactérias. No entanto, em alguns casos, este mesmo sistema, ao desencadear um processo de defesa a algum agente agressor, reage de maneira exagerada a determinadas substâncias, como aquelas existentes em aerossóis (produtos de limpeza), particulados (fumaças, queima de biomassa – material orgânico), agentes biológicos (ácaros presentes no pó doméstico, em ursos de pelúcias, na roupa de cama ou outros objetos comuns dentro de casa).</p>

Esta reação exagerada a algumas substâncias acaba por torná-las ´inimigas´, pois desencadeia um processo semelhante à inflamação, com manifestações no sistema respiratório.

De acordo com a dra. Mônica Corso, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), este é o quadro típico de uma alergia respiratória.

“Esta alergia pode acontecer na presença de poeira doméstica, agentes biológicos - como fungos ou mofo, na presença de fumaça – tanto de cigarros, como tóxicas –, e até mesmo a partir do cheiro de solventes, perfumes ou produtos de limpeza.”

A especialista explica que situações como a que vivemos atualmente, de baixa umidade relativa do ar, também propicia o desencadeamento destas alergias, irritando o sistema respiratório.

Além desta irritação, que é a rinite, são frequentes a coriza e irritação de faringe e laringe (rouquidão e dor de garganta). No caso de pacientes portadores de asma, que é uma doença inflamatória crônica, na qual a predisposição genética tem um papel importante, estes fatores podem desencadear uma crise de falta de ar, marca registrada da doença. Aliás, falta de ar, tosse e opressão no peito são os sinais característicos.


Prevenção

Alguns cuidados básicos são importantes para se prevenir essas reações. A médica ressalta alguns deles: “Primeiramente é importante identificar os fatores que desencadeiam a alergia, geralmente presentes no trabalho, em casa ou na escola. Depois, evitar a inalação e o contato com esses fatores, especialmente pó e ácaros – atenção a cortinas, colchões, tapetes, bichos de pelúcias, travesseiros, entre outros”.

Outra dica da especialista é restringir os objetos que acumulem poeira e manter os ambientes sempre limpos e ventilados. Também sugere que se opte por produtos de higiene e limpeza sem perfume.

Grandes inimigos das pessoas alérgicas são os pequenos insetos, como as baratas. Por isso, não se deve deixar alimentos no quarto. Os ácaros podem ser afastados ao encapar colchões ou utilizar capas próprias. O sol é um grande aliado na prevenção de alergias respiratórias, portanto, sempre que possível, devemos expor roupas e colchões aos dias ensolarados.

Vale ressaltar que a herança genética é importante no aparecimento das alergias respiratórias, de modo que se o pai ou a mãe forem alérgicos, o filho terá maior chance de também manifestar a situação. Além das alergias respiratórias, há aquelas provenientes de alimentos. As reações são diversas, como problemas de pele, estomacal (gastrintestinal) ou respiratório. Os alimentos mais comuns são leite de vaca, frutos do mar, chocolates e produtos industrializados, como iogurtes, produtos com corantes, embutidos em geral e biscoitos com recheio.

Ainda não há um tratamento especifico para prevenir a alergia alimentar. Quando é diagnosticado o problema, pacientes e familiares devem ser alertados para que possam interromper o consumo daquele alimento. Neste caso, conforme o agente alérgeno e a gravidade das reações, é necessário ficar de olho em rótulos e composições para se certificar que aquela substância ou seus derivados não serão consumidos.

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