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Acidente e morte do grupo Mamonas Assassinas completam 25 anos

Com mais de dois milhões de CDs vendidos em uma curta carreira, a banda Mamonas Assassinas é relembrada após 25 anos do acidente que vitimou os integrantes do grupo

Dinho, Sergio Reoli, Samuel Reoli, Alberto Hinoto e Julio Cesar Barbosa, integrantes do conjunto Mamonas Assassinas. (Ricardo Corrêa/Arquivo Abril)

Dinho, Sergio Reoli, Samuel Reoli, Alberto Hinoto e Julio Cesar Barbosa, integrantes do conjunto Mamonas Assassinas. (Ricardo Corrêa/Arquivo Abril)

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Julia Storch

Publicado em 2 de março de 2021 às 12h27.

Última atualização em 2 de março de 2021 às 13h06.

No dia 2 de março de 1996, o Brasil acordava com a triste notícia da morte de todos os integrantes do Mamonas Assassinas em um acidente aéreo. A banda estava voltando para casa quando o jatinho em que estava bateu na Serra da Cantareira. Todos a bordo morreram. A tragédia encerrava a curta e meteórica carreira do grupo, que era formado por Dinho (vocal), Samuel Reoli (baixo), Júlio Rasec (teclado), Sérgio Reoli (bateria) e Bento Hinoto (guitarra). A banda conquistou o País, vendendo mais de dois milhões de cópias de seu CD.

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Para lembrar essa trupe divertida e criativa, que despontou no cenário musical com músicas como Pelados em Santos, destacamos algumas curiosidades sobre a sua trajetória. Confira:

- O Mamonas Assassinas chegou a fazer 30 apresentações por mês até o desastre aéreo vitimar todos os integrantes.

- O primeiro e também único CD gravado em estúdio dos Mamonas foi lançado em 23 de junho de 1995 e foi certificado com disco de diamante. No repertório, canções com temas polêmicos, letras politicamente incorretas e guitarras pesadas.

- Em cadernos antigos dos integrantes da banda, há rascunhos de canções que nunca chegaram a ser gravadas. Uma delas, chamada Ontem Eu Era Vagabundo, ficou conhecida quando a banda Tihuana chegou a gravar uma versão da música para uma reportagem do Fantástico em ocasião dos dez anos do acidente.

- No dia do acidente, Júlio, o tecladista, pintou os cabelos de vermelho e foi gravado pelo dono do salão dizendo a seguinte frase: 'Nessa noite eu sonhei com um negócio assim... Parecia que o avião caía'. Muitos acreditam se tratar apenas de uma coincidência, mas há quem diga que foi uma premonição.

- De acordo com o livro Os 10 Mais, escrito por Luiz André Alzer e Mariana Claudino em 2008, o álbum dos Mamonas Assassinas constava como um dos dez mais vendidos da história no Brasil, na 9ª posição, com quase 2,5 milhões de cópias.

- Na primeira amostra de seu trabalho que o grupo enviou a uma gravadora constavam três músicas: Jumento Celestino, Pelados em Santos e Robocop Gay. O diretor artístico da gravadora EMI à época, João Augusto, começou a ouvi-la, mas não gostou do som e deixou-a de lado. Dias depois, seu filho de 16 anos não tirava a fita do aparelho de som, e as músicas faziam sucesso entre seus colegas. Ali surgia uma nova chance para os Mamonas.

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- O riff inicial de Chopis Centis é uma paródia de Should I Stay or Should I Go, da banda The Clash. Já 1406 é uma sátira ao comércio de um famoso canal de televendas e Robocop Gay foi baseada no filme do Robocop e no Capitão Gay, personagem interpretado por Jô Soares nos anos 80.

- Os Mamonas gravaram uma música que acabou ficando de fora do álbum por causa do excesso de palavrões. Chamada de Não Peide Aqui, Baby, ela era uma paródia de Twist and Shout, dos Beatles.

- A história da banda com o nome Mamonas Assassinas começou em 1989 quando ainda era a Utopia. Na formação estavam Bento Hinoto e os irmãos Samuel e Sérgio Reoli. Em 1990 Dinho se juntaria e Júlio Rasec seria o último a integrar a trupe.

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