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6 hábitos saudáveis que deveríamos copiar dos nossos avós

Antigamente não existia um bombardeio de informações de como ser saudável e, mesmo assim, era possível levar a vida com mais saúde

 (Rawpixel Ltd/Thinkstock)

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Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 20 de julho de 2017 às 15h15.

Última atualização em 20 de julho de 2017 às 15h24.

São Paulo – Nos dias atuais, são muitas as receitas infalíveis para manter o corpo e a mente saudáveis: alimentação equilibrada, prática de atividade física regular, uma boa noite de sono. A verdade é que nem sempre é possível seguir à risca todas as recomendações para levar uma vida plena e com saúde.

No tempo dos nossos avós, por exemplo, não existia esse bombardeio de informações para ser saudável e, mesmo assim, era possível levar a vida com mais saúde. Para se ter uma ideia, somente nos últimos 10 anos no Brasil, a taxa de obesidade cresceu 60%, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados no início deste ano.

O levantamento faz parte da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas e apontou que atualmente cerca de 20% dos brasileiros precisam lidar com a obesidade e todas as consequências que o excesso de peso pode acarretar.

O problema maior detectado pelo estudo é que a obesidade é um fator que pode ter contribuído para o aumento de diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas não transmissíveis – males dos tempos modernos que pioraram a condição de vida das pessoas.

Diante de dados preocupantes, o especialista em emagrecimento Rodrigo Polesso, fundador do Código Emagrecer de Vez com formação em Nutrição Otimizada para Saúde e Bem-Estar pela Universidade Estadual de San Diego, a pedido de EXAME.com, listou alguns hábitos saudáveis que deveríamos resgatar do passado e que muito provavelmente eram seguidos pelos nossos avós.

De acordo com Polesso, almoço rápido, refrigerante em quase todas as refeições e até as famosas barrinhas para a hora que bate aquela fome são práticas que se tornaram norma na sociedade moderna e que não fazem bem à saúde.

"Com o estilo de vida que levamos, acabamos esquecendo de algumas informações muito importantes sobre alimentação. Nossos avós, por exemplo, tinham hábitos saudáveis que, se voltarmos a praticar, podem ajudar a reduzir os índices de doenças como obesidade e diabetes", explica.

A seguir, confira seis hábitos saudáveis listados por Polesso que foram abandonados e deveriam ser resgatados nos dias atuais:

1 - Mais comida, menos substâncias comestíveis

De acordo com o especialista, a humanidade moderna vive uma epidemia de síndrome metabólica causada pelo alto consumo de substâncias comestíveis, que são alimentos refinados, processados e modificados.

"Com o tempo, nos distanciamos de alimentos de verdade, como carnes, peixes, queijos, nozes, castanhas, folhas e legumes, que formavam a base da alimentação no passado. Atualmente, passamos a preencher nossos pratos com substâncias comestíveis", explica.

Segundo ele, embora, nos dias de hoje, a expectativa de vida seja maior por conta dos avanços da medicina, não se tem tanta qualidade de vida. "É justamente para tentar solucionar isso que o consumo de alimentos de verdade deve ser priorizado".

2 - Mais gorduras naturais, menos óleo vegetal

Outra mudança no hábito alimentar das últimas décadas diz respeito à troca do consumo de gorduras naturais por gorduras artificiais, como óleos vegetais e margarinas.

"Isso aconteceu por conta da falsa crença de que gordura animal estava colaborando para o aumento de problemas cardíaco, mas já foi desmitificado há tempos. No entanto, governos e muitos profissionais continuam a disseminar a falsa ideia de que óleos pró-inflamatórios são mais saudáveis simplesmente por não conterem gordura animal e pouco colesterol", afirma Polesso.

Segundo o especialista, nossos avós sempre usufruíam de gorduras naturais por milênios e a ciência mostra claramente que todos nos beneficiaríamos com a volta dessa prática.

Exemplos de gorduras naturais: banha de porco, manteiga, óleo de coco, azeite de oliva, gordura bovina e gordura de pato.

3 - Mais probióticos, menos conservantes

Com o senso de higiene exagerado, a flora intestinal das pessoas vem sofrendo e perdendo diversidade. De acordo com o especialista, os intestinos "modernos" são menos saudáveis e possuem menos diversidade de bactérias do que os intestinos das populações mais antigas.

"Nossos avós tinham contato com a terra - fonte de probióticos, ou seja, boas bactérias - e comidas fermentadas, as quais auxiliavam na manutenção da saúde da flora intestinal, que está associada à força do nosso sistema imunológico e várias doenças e condições", afirma.

Exemplos de probióticos: chucrute, iogurte natural e picles natural.

4 - Mais nutrientes, menos química

Antigamente, alimentos orgânicos eram norma e não exceção. "Alimentos sem agrotóxicos, além de serem mais nutritivos, contêm um completo conjunto de vitaminas e minerais benéficos à saúde", explica Polesso.

5 - Mais movimentação, menos sedentarismo

Nossos avós tendiam a se movimentar mais no dia a dia, mesmo não praticando nenhum tipo de atividade física formal. De acordo com o especialista, o simples fato de andarmos mais, subirmos escadas, irmos de bicicleta até a casa dos amigos pode gerar efeitos positivos a longo prazo.

"Com o aumento do conforto e comodidade da sociedade moderna, as pessoas perderam isso e tendem a fazer a menos esforço", afirma. Segundo ele, ao invés de se inscrever em uma academia, ambiente que muitos não gostam, a movimentação natural pode ser benéfica ao organismo.

6 - Maior interação, menos estresse

Com o advento da tecnologia e da fácil e instantânea comunicação, as pessoas estão perdendo a conexão humana que sempre foi parte do dia a dia antigamente. É comprovado que interações sociais são necessárias e positivas para se manter uma boa saúde física e mental. Afinal, o ser humano é um ser social.

"Nossos avós interagiam mais, reuniões na casa dos vizinhos mantinham todos animados e eram práticas comuns, por exemplo. Apesar do maior conforto e comodidade do mundo de hoje, nunca o ser humano esteve tão estressado, com tantas pressões diferentes e tão pouca interação humana", explica.

De acordo com o especialista, as pessoas estão vivendo uma epidemia de estresses também, não só de obesidade e outras doenças crônicas.

"Precisamos colocar em perspectiva as nossas prioridades na vida e voltarmos a ter clareza de quais sãos os maiores valores dela. Família, amigos, socialização e interação, um remédio comprovado contra estresse e vida mais longa", diz Polesso.

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