13 coisas para saber sobre homens com ansiedade e depressão
Uma análise recente constatou que os homens têm tendência maior ficar em silêncio quando pensam em cometer suicídio
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2015 às 20h46.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h29.
São Paulo - Falar abertamente sobre saúde mental pode ser difícil para qualquer pessoa – mas, no caso dos homens, a bagagem cultural da chamada "masculinidade tradicional" torna este diálogo ainda mais difícil. Quando se justapõem homens e saúde mental, o estigma é evidente. Pesquisas indicam que muitos homens têm dificuldade em revelar sintomas a outras pessoas. Uma análise recente constatou que os homens têm tendência maior ficar em silêncio quando pensam em cometer suicídio. Numa sociedade em que “ser homem” é visto como sinônimo de ser durão, é difícil para um homem se abrir e revelar que tem um problema de saúde mental. Mas mesmo uma conversa secreta é melhor que nenhuma conversa, quando se trata de saúde mental. O AskMen recentemente fez uma pesquisa confidencial com leitores homens para descobrir o que eles querem que todas as pessoas que lidam com problemas de saúde mental saibam. A pesquisa foi feita no AskMen.com entre 20 e 29 de agosto de 2015. Ao todo 73 homens foram entrevistados. Todas as respostas foram confidenciais. Veja a seguir algumas das respostas dos entrevistados. Depois, nos comentários, compartilhe o que você quer que as pessoas entendam sobre ansiedade e depressão.
“É um problema médico.”
“Tudo bem ter esses sentimentos. E é natural e saudável querer falar sobre isso.”
“Nós, homens, não costumamos falar de nossos problemas com outras pessoas, porque achamos que isso nos deixaria fracos ou vulneráveis. Alguns de nós aprendemos desde crianças a mostrar que somos durões.”
“Mude sua vida o quanto antes. Mude seus hábitos. Saia de férias, vá ao cinema, saia para um encontro com alguém que você não conhece. Faça novos amigos. Seja positivo.”
“Fazer de conta que você se solidariza, dizendo coisas do tipo ‘seja homem!’, ‘isso vai melhorar’, “cresça e pare de agir de modo tão imaturo’ não ajudam tanto quanto as pessoas imaginam. As pessoas deveriam parar e observar o outro um pouco antes de fazer comentários desse tipo.”
“Faça perguntas que não encerram um julgamento. Em vez de dizer ‘como foi que você pisou na bola?’, pense em como poderia perguntar melhor. Não é preciso fazer a pessoa pensar em seus fracassos passados.”
“Quando você enfrenta ansiedade e depressão, é sofrimento 24 horas por dia, sete dias por semana.”
“Ansiedade e depressão são muito reais. São coisas que podem acontecer com qualquer pessoa, de qualquer idade, homem ou mulher. Não existe botão que desligue isso. Há ajuda que você pode dar e receber.”
“É um círculo vicioso. Quando você sofre disso, basta um pensamento, acontecimento ou interação negativo para mergulhar você em padrões de pensamento destrutivos.”
“Elas são condições humanas naturais, mas, se você não conseguir controlá-las, é melhor procurar ajuda profissional.”
“Doenças mentais não são coisa apenas de pessoas fracas. Não basta dizer ‘sorria, anime-se!’ Portanto, tudo bem falar sobre elas.”
“O que interessa é como você lida com isso. As pessoas que sofrem mais geralmente são as que passam pelo estresse mas não o revelam em público. Se a pessoa tiver dificuldade para dormir, perder a concentração e sofrer aumento ou perda de apetite, ela precisa realmente procurar um médico, porque esses são os sinais iniciais.”
“A depressão e a ansiedade lhe dão a sensação de perda de controle, fazendo com que você se sinta muito aberto, vulnerável, impotente. Nós, homens, ouvimos constantemente que precisamos ser fortes e estar no controle, mas quando temos ansiedade e depressão, mal conseguimos levantar da cama pela manhã, e cada decisão que tomamos exige toda nossa energia e poder de concentração. Isso pode agravar a espiral descendente. Aprenda a pedir ajuda e ter alguém em quem se apoiar. Isso vai facilitar um pouco o caminho de saída daquele lugar escuro.”