11 ótimas cidades para ver street art
Sites de viagens incluem São Paulo, Nova York e Teerã na lista das principais cidades do grafite no mundo
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2012 às 17h40.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h25.
São Paulo – Arte não é encontrada apenas no museu. Há alguns lugares que se destacam pelas pinturas a céu aberto, que vivem sob o risco de se perderem com o tempo ou serem simplesmente apagadas da noite para o dia. Os sites de viagens BootsnAll e Travel and Leisure escolheram algumas das melhores cidades do mundo para ver e apreciar street art . São Paulo, Nova York, Teerã e Buenos Aires são algumas delas. Clique nas fotos para conferir um pouco do que essas e outras cidades têm a mostrar no campo do grafite.
Com tantos prédios e asfalto, a maior cidade do Brasil acabou se tornando também uma grande tela ao ar livre, onde grafiteiros fazem sua arte – de forma autorizada ou não. As cores e traços estão espalhados por vários lugares da cidade, mas há pontos que se destacam. Os becos do Aprendiz e do Batman, na Vila Madalena, os muros da Escola Estadual Miss Browne, no bairro Pompeia, onde todo ano são feitos novos desenhos, e as proximidades da estação da CPTM Primavera-Interlagos são alguns lugares obrigatórios para quem quer ver street art na cidade. O túnel da avenida Paulista que faz ligação com a avenida Dr. Arnaldo e bairros como Liberdade e Cambuci são outros pontos que valem a pena conferir.
Repleta de arte em suas ruas, principalmente na parte mais ao sul da ilha de Manhattan, Nova York é um destino cobiçado pelos amantes de grafite. O distrito de Chelsea é o principal reduto de street art, a começar pelo bloco da rua 21st entre as avenidas 10th e 11th. Lá, é possível encontrar, além de diversos desenhos feitos com tinta e spray, colagens e cartazes feitos por artistas como Gaia, Imminent Disaster, Swoon, Invader e Shepard Fairey.
A cidade onde Jesus nasceu, segundo os cristãos, tem mais um motivo para ser visitada. Apesar de estar no fogo cruzado entre israelenses e palestinos, Belém tem uma forte cena de street art, mais precisamente no muro que separa Israel da Cisjordânia. Vários artistas, dentre eles o conhecido Banksy (foto), usam o muro como espécie de mural de protestos. Os desenhos estampados lá são resultado do movimento dos “Artistas sem barreiras”, criado por dissidentes de Israel e da Palestina contra a separação dos territórios.
Com vários trabalhos do ilustre grafiteiro Banksy, Los Angeles, na Califórnia, tem vários muros e paredes de prédios cobertos de grafite. As imediações do sítio de La Brea, o bairro de Silver Lake, o distrito de Hollywood e a zona leste da cidade são os principais lugares que chamam a atenção com suas obras de arte feitas de tinta, cartazes, estêncil e outras técnicas da street art. Além de Banksy, desenhos de Skullphone e Mr. Brainwash (MBW) podem ser vistos por lá.
A segunda maior cidade da Austrália se destaca não apenas nos desenhos mais típicos do grafite, com o spray, mas também em várias técnicas, como estêncil, cartazes, adesivos e ilustrações em placas de madeira. Pelas ruas, é possível conferir trabalhos de artistas renomados como Banksy, Fafi, Above, D*FACE e Logan Hicks. Diversos becos no centro da cidade e as várias linhas de metrô são os painéis mais usados pelos grafiteiros que fizeram de Melbourne um dos principais lugares da street art no mundo.
É possível ver muitas obras de arte mesmo fora do Museu do Louvre, em Paris. Suas ruas recheadas de tinta, spray, cartazes artísticos e estêncil são ponto turístico para quem gosta de grafite. As imediações do 18º, 19º e 20º “arrondissement” são os principais lugares onde a street art floresce, mais especificamente nos bairros de Belleville e Ménilmontant. O distrito de Le Marais, no 3º e 4º “arrondissement”, também tem várias amostras da arte. Apesar de não ser muito fácil encontrar trabalhos dos franceses Blek le Rat e JR, bastante conhecidos no meio, as ruas de Paris trazem bons desenhos de Jef Aerosol e Invader.
Desde que o Muro de Berlim, na Alemanha, foi construído, na época da Guerra Fria, o local se tornou um alvo de grafiteiros e artistas da parte ocidental, que cobriram a construção com suas opiniões e protestos. Com a queda do muro, em 1989, a parte oriental da cidade, que havia sido separada dos grafiteiros, começou a ser colorida por esses artistas de rua. Bairros como Mitte, Prenzlauer Berg, Kreuzberg e Friedrichshain tiveram seus antigos e desgastados prédios enfeitados, após décadas de puro cinza e branco.
Várias obras de grafiteiros famosos, como Shepard Fairey, Obey, Grafter e Banksy, podem ser vistas espalhadas por Londres. Mas é a parte leste da cidade – nas áreas dos bairros de Brick Lane, Shoreditch e Spitalfields, que apresenta mais obras marcantes. Além desses pontos, a estação Chalk Farm e a vila de Camden, cheia de linhas ferroviárias, pontes, edifícios decadentes e por onde passa o Regent’s Canal, são prato cheio para os olhos de quem aprecia street art.
As ruas dos bairros de Palermo e Belgrano, em Buenos Aires, são os principais pontos onde se pode encontrar belas obras de arte nos muros e paredes. Isso não significa, no entanto, que a capital da Argentina não tenha trabalhos de grafite espalhados por todo seu território. Assim como São Paulo, os hermanos possuem uma forte cultura voltada para street art e, lá, existem imagens feitas por artistas como Blu, Jaz, Ever e Chu, fundados do coletivo Doma, que domina as ilustrações vistas por toda a cidade.
Mesmo com a dura repressão contra esse tipo de arte, o grafite é uma manifestação cultural forte em Teerã, no Irã. Para que os desenhos não sejam apagados rapidamente, os artistas buscam pontos menos visados e mais escondidos da cidade. O precursor desse movimento na cidade foi A1one, cujos desenhos demonstram suas opiniões políticas sobre a influência ocidental e o espírito revolucionário, por exemplo. Mas a maioria dos grafiteiros de Teerã não chega a ser identificada, já que muitos são pegos e punidos pelo regime antes que isso aconteça.
Referências ao período do apartheid e outros eventos históricos, homenagens a personalidades importantes, como Nelson Mandela, e representações positivas de papéis sociais são alguns dos temas do grafite da Cidade do Cabo, na África do Sul. O intuito dos artistas parece ser a realização de um tipo de inclusão social, para enterrar de vez o preconceito ainda existente. Os lugares mais indicados para apreciar a arte de rua da cidade são a baía City Bowl, e os subúrbios de Oranjezicht e Gardens.
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