10 coisas que você precisa saber sobre adoçantes
Existe uma recomendação diária de adoçante, que não provoca danos à saúde
Daniela Barbosa
Publicado em 15 de setembro de 2015 às 11h37.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h32.
São Paulo - Amado por uns, odiado por outros. O uso do adoçante é polêmico e levanta sempre a mesma questão: faz ou não mal à saúde ? Segundo a nutricionista Ana Maria Gonçalves, coordenadora do Curso de Nutrição e gastronomia do IBMR, existe uma recomendação diária, que se seguida não provoca danos. "O problema é que houve a banalização do uso de adoçantes, principalmente pelo fato de ele estar associado à dietas que têm por objetivo a perda de peso", afirma a especialista. Ainda de acordo com Ana Maria, o uso de adoçantes deve sempre ser recomendado por um médico ou nutricionista, pois somente um profissional pode aconselhar o melhor tipo de adoçante dependendo da necessidade de cada pessoa. Açúcar engorda? Para o endocrinologista Márcio Mancini, responsável pelo Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da USP, outro mito que precisa ser derrubado é que o açúcar é o grande vilão dos quilos extras. "Até mesmo pessoas diabéticas, dependendo do grau, podem consumir açúcar com moderação. O mais importante é sempre manter um estilo de vida saudável em que as calorias consumidas do açúcar sejam gastas com atividade física", explica Mancini. Veja nas imagens 10 curiosidades sobre adoçantes e conheça também as vantagens e desvantagens dos principais tipos de produtos disponíveis no mercado.
Segundo a Anvisa, existem dois tipos de adoçantes um dietético e outro não. Os adoçantes dietéticos possuem doçura, mas não levam sacarose na composição. Eles são feitos especialmente para pessoas com restrição de carboidratos simples, os diabéticos. Já os demais adoçantes não dietéticos têm como base a sacarose (açúcar de cana) como principal elemento. Ambos, no entanto, são formulados para conferir sabor doce aos alimentos e bebidas.
Os edulcorantes são as substâncias químicas presentes nos adoçantes dietéticos. Essas substâncias são responsáveis pelo sabor adocicado do produto. Adoçantes que possuem edulcorantes em sua composição possuem um poder de adoçar muito superior à sacarose, por isso uma pequena quantidade já é capaz de deixar doces alimentos e bebidas.
Adoçantes que têm como base frutose, sorbitol e até aspartame fornecem energia e textura aos alimentos, afirma Ana Maria. Já adoçantes feitos com sacarina, ciclamato, acessulfame-k, sucralose, esteviosídeo fornecem doçura acentuada, mas não contêm calorias.
Segundo a Ana Maria, deste que consumido de forma consciente, os adoçantes não fazem mal à saúde.
A nutricionista explica que a recomendação máxima para consumo diário deve ser calculada da seguinte forma: o peso da pessoa menos 25% = número de gotas.
Por exemplo, 60 quilos – 15 (25%) = 45 gotas.
O açúcar light é uma combinação do açúcar refinado com adoçantes artificiais, explica Márcio Mancini. “Ele indicado para quem não quer usar uma quantidade excessiva de açúcar refinado”. O açúcar light tem normalmente 25% a menos das calorias do açúcar comum.
Embora alguns adoçantes sejam mais conhecidos e consumidos, como a sacarose e o aspartame, no Brasil, existem diversos tipos de adoçantes disponíveis no mercado. Entre os mais conhecidos, estão os adoçantes feitos com acesulfame-k, aspartame, sacarina, neotame, sucralose, alitame, ciclamato, stevia e sacarose.
Usados mais em preparações homeopáticas, a lactose é o açúcar encontrado no leite, porém possui baixo poder de conferir o doce nos alimentos.
O ciclamato de sódio e a sacarina são bases edulcorantes artificiais derivadas do petróleo. No Brasil, é muito comum adoçantes que levam as duas substâncias misturadas. Em alguns países, como Estados Unidos, Japão, Inglaterra e França, o ciclamato é proibido.
Adoçantes que têm como base aspartame não são recomendados em receitas que vão ao forno, fogão ou micro-ondas. “A ligação entre os dois aminoácidos, a fenilalanina e ácido aspártico, presentes na composição do aspartame se rompe provocando perda do sabor doce em altas temperaturas”, explica a nutricionista Ana Maria.
Adoçantes | Origem | Adoça | Vantagens | Desvantagens | Energia(Kcal/g) |
---|---|---|---|---|---|
Acessulfame-k | substância derivada do potássio | 180 vezes mais | - Pode ir ao fogo. | - Apresenta sabor residual amargo. | zero |
- Permitido para diabéticos. | |||||
Aspartame | combinação dos aminoácidos: fenilalanina e ácido aspártico | 180 vezes mais | -Permitido para diabéticos. | - Não pode ir ao fogo. | 4 Kcal / g |
- Possui sabor próximo ao do açúcar e residual pouco intenso | - Não pode ser consumido por portadores de fenilcetonúria. | ||||
Ciclamato de sódio | substância derivada de petróleo | 30 vezes mais | - Pode ir ao fogo. | - Deve ser consumido com moderação pelos hipertensos, pois contém sódio. | zero |
- Permitido para diabéticos. | - Possui baixo poder adoçante e sabor residual azedo. | ||||
Sacarina | substância derivada do petróleo | 300 vezes mais | - Pode ir ao fogo. | - Apresenta sabor residual amargo. | zero |
- Permitido para diabéticos. | |||||
Sucralose | molécula modificada de sacarose | 600 vezes mais | - Pode ir ao fogo. | - Custo elevado. | zero |
- Permitido para diabéticos. | |||||
- Sabor similar ao do açúcar. | |||||
- Não possui sabor amargo. | |||||
Esteviosídeo (ou estévia) | Planta | 300 vezes mais | Pode ir ao fogo. | Possui sabor | zero |
Denominada | Permitido para | residual amargo. | |||
estévia | diabéticos. | Custo elevado. | |||
Frutose | frutas e mel | 20% mais | Pode ir ao fogo. | Custo elevado. | 4 Kcal / g |
Possui sabor | Pode ser consumido | ||||
próximo ao do | pelo diabético, mas | ||||
açúcar. | com moderação e | ||||
somente com | |||||
orientação de | |||||
médico ou | |||||
nutricionista. | |||||
Provoca cáries. | |||||
Sorbitol | frutas e algas | 50% menos | Pode ir ao fogo. | Tem ação laxativa. | 2,4 Kcal / g |
vermelhas | Permitido para | Custo elevado. |
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