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Venda on-line em alta - bom para gente de TI e marketing

Há 30 milhões de brasileiros comprando na web. O setor contrata profissionais de TI, marketing e logística

Diego Cione, 32 anos, gerente de e-commerce da Any Any, grife de roupas íntimas: carreira acelerada (Raul Junior/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 18h50.

São Paulo - As empresas de venda online devem faturar 20 bilhões de reais neste ano, 30% a mais do que em 2010. Para Ludovino Lopes, vice-presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, esses números indicam que haverá maior demanda por profissionais para criar, gerir e garantir a segurança do consumidor que usa a internet para fazer compras. Há 30 milhões de brasileiros comprando na web.

“Já vivemos um apagão de gente com domínio em TI, marketing online e logística”, diz. De acordo com Margot Nick, gerente de projetos na Kienbaum, consultoria de RH, o varejo online exige um profissional diferenciado. “A pessoa precisa ter habilidades técnicas e de comportamento. Não adianta ter visão analítica mas ser hermética na comunicação.” Os salários ficam na faixa de 10 000 reais para cargos de nível médio. “Postos de direção são discutidos individualmente e a faixa salarial costuma oscilar bastante de uma companhia para outra.”

Segundo Narita Oliveira, gerente de RH da Nova Pontocom, empresa online do grupo Pão de Açúcar, as áreas comercial e de logística têm recrutado muitos profissionais. “Valorizamos aqueles que têm grande potencial de desenvolvimento”, diz. O BuscaPé, site de comparação de preços, contrata 100 pessoas por ano.

Lá, a preferência é recrutar jovens engenheiros de software, designers e gestores de projetos, e formá-los em casa. “Inglês fluente é obrigatório”, diz Pompeu Scola, vice-presidente de desenvolvimento operacional. E há empresas que, no sufoco, têm importado funcionários. É o caso do Hotel Urbano, site de compras coletivas de hotelaria.

“Trouxemos dois indianos, engenheiros de programação, para engrossar nosso time”, diz João Ricardo Mendes, executivo de finanças do Hotel Urbano. Esse é um setor que exige atualização rápida e constante do profissional.

Daniel Cardoso, diretor e consultor da Trecemd, escola de treinamentos especializados em comércio eletrônico , afirma que a procura por especialização aumentou, principalmente entre profissionais de marketing e administração. “Uma das maiores exigências do mercado é para gestores de e-commerce”, diz.

A disputa, segundo o consultor, fica entre os grandes varejistas e as companhias tradicionais que estão despertando agora para a importância do comércio eletrônico.

O administrador de empresas paulistano Diego Cione, de 32 anos, passou por diversas organizações de telecom até chegar ao segmento têxtil. Graças a esse histórico e à constante capacitação, recentemente ele foi convidado a assumir o cargo de gerente de e-commerce da grife de lingeries Any Any. “Estou implantando a operação e tirando vários colegas, de todos os departamentos, da zona de conforto”, diz.

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São Paulo - As empresas de venda online devem faturar 20 bilhões de reais neste ano, 30% a mais do que em 2010. Para Ludovino Lopes, vice-presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, esses números indicam que haverá maior demanda por profissionais para criar, gerir e garantir a segurança do consumidor que usa a internet para fazer compras. Há 30 milhões de brasileiros comprando na web.

“Já vivemos um apagão de gente com domínio em TI, marketing online e logística”, diz. De acordo com Margot Nick, gerente de projetos na Kienbaum, consultoria de RH, o varejo online exige um profissional diferenciado. “A pessoa precisa ter habilidades técnicas e de comportamento. Não adianta ter visão analítica mas ser hermética na comunicação.” Os salários ficam na faixa de 10 000 reais para cargos de nível médio. “Postos de direção são discutidos individualmente e a faixa salarial costuma oscilar bastante de uma companhia para outra.”

Segundo Narita Oliveira, gerente de RH da Nova Pontocom, empresa online do grupo Pão de Açúcar, as áreas comercial e de logística têm recrutado muitos profissionais. “Valorizamos aqueles que têm grande potencial de desenvolvimento”, diz. O BuscaPé, site de comparação de preços, contrata 100 pessoas por ano.

Lá, a preferência é recrutar jovens engenheiros de software, designers e gestores de projetos, e formá-los em casa. “Inglês fluente é obrigatório”, diz Pompeu Scola, vice-presidente de desenvolvimento operacional. E há empresas que, no sufoco, têm importado funcionários. É o caso do Hotel Urbano, site de compras coletivas de hotelaria.

“Trouxemos dois indianos, engenheiros de programação, para engrossar nosso time”, diz João Ricardo Mendes, executivo de finanças do Hotel Urbano. Esse é um setor que exige atualização rápida e constante do profissional.

Daniel Cardoso, diretor e consultor da Trecemd, escola de treinamentos especializados em comércio eletrônico , afirma que a procura por especialização aumentou, principalmente entre profissionais de marketing e administração. “Uma das maiores exigências do mercado é para gestores de e-commerce”, diz.

A disputa, segundo o consultor, fica entre os grandes varejistas e as companhias tradicionais que estão despertando agora para a importância do comércio eletrônico.

O administrador de empresas paulistano Diego Cione, de 32 anos, passou por diversas organizações de telecom até chegar ao segmento têxtil. Graças a esse histórico e à constante capacitação, recentemente ele foi convidado a assumir o cargo de gerente de e-commerce da grife de lingeries Any Any. “Estou implantando a operação e tirando vários colegas, de todos os departamentos, da zona de conforto”, diz.

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