A hashtag CareerTok tem vídeos que, juntos, somam bilhões de visualizações (CFOTO/Future Publishing via Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 14 de maio de 2024 às 13h23.
Última atualização em 14 de maio de 2024 às 13h36.
Seus criadores são um grupo diversificado: pessoas com idade suficiente para serem ex-CEOs, pessoas de 30 e poucos anos contando seus próprios erros no início da carreira e os próprios jovens.
Muitos dos que assistem aos clipes pertencem à geração Z, nascida entre 1997 e 2012 e que representará 27% da força de trabalho da OCDE até 2025.
Uma coisa que o sucesso do conteúdo relacionado à carreira no TikTok deixa claro é que a geração Z deseja transparência no local de trabalho.
“Adoro que as pessoas registrem suas demissões porque isso expõe aquelas que estão fazendo esses cortes”, diz Chris Williams, que foi responsável pelo RH na Microsoft e hoje é consultor de carreira. Ele mesmo virou um produtor de conteúdo desse tipo.
Ainda segundo a reportagem, os vídeos com a hashtag CareerTok dão aos criadores e espectadores um sentimento de solidariedade. Mais importante ainda, seu estrondoso sucesso e bilhões de visualizações também lhes dão força em números.
Os vídeos do CareerTok nem sempre têm a mesma recepção positiva. Os clipes de demissões, em particular, enfrentaram uma reação negativa de alguns setores.
Apesar das críticas de funcionários mais experientes e das possíveis consequências legais de alguns vídeos, a hashtag CareerTok deve continuar retratando o ambiente de trabalho da geração Z, com suas expectativas e frustrações. Mesmo que o TikTok seja proibido nos EUA, os jovens irão encontrar outra alternativa.