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Prova discursiva CNU 2025: veja como se preparar

Segunda etapa do processo seletivo acontece neste domingo, 7, para 42,5 mil candidatos convocados

CNU 2025: a segunda fase acontece no dia 7 de dezembro (kali9/Getty Images)

CNU 2025: a segunda fase acontece no dia 7 de dezembro (kali9/Getty Images)

Marina Semensato
Marina Semensato

Colaboradora

Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 10h24.

A prova discursiva do Concurso Nacional Unificado (CNU 2025) será aplicada neste domingo, 7, para os 42,5 mil candidatos convocados para a segunda fase do processo seletivo.

Esta será uma das etapas mais desafiadoras da seleção, uma vez que o resultado tem peso na Nota Final Ponderada, que determina se o candidato foi classificado ou não. Além disso, a prova discursiva exige que os concorrentes tenham conhecimento técnico da área escolhida, bem como a habilidade de argumentação e domínio da língua portuguesa.

Entenda, a seguir, os detalhes da prova discursiva do CNU 2025: o que deve cair, como se preparar e horários.

Quando será a prova discursiva do CNU 2025?

A prova discursiva ocorre neste domingo, 7 de dezembro (veja aqui todo o cronograma).

Os portões fecham às 12h30 (horário de Brasília) e a aplicação começa às 13h. A duração da avaliação varia conforme o nível da vaga:

  • Nível superior: 3 horas de prova, até 16h; o caderno pode ser levado a partir das 15h.

  • Nível intermediário: 2 horas de prova, até 15h; retirada do caderno, permitida a partir das 14h.

Em ambos os casos, o candidato deve permanecer pelo menos uma hora na sala. As três últimas pessoas só podem sair juntas, após assinatura da ata.

Onde vai ser a prova discursiva do CNU 2025?

A prova discursiva do CNU 2025 será aplicada em 228 cidades distribuídas pelas cinco regiões do país.

Para saber o local exato de sua prova, o candidato deve acessar o cartão de confirmação de inscrição, por meio do site da banca organizadora. As etapas são as seguintes:

  • Entrar em conhecimento.fgv.br/cpnu2;
  • Clicar em Página de Acompanhamento;
  • Informar CPF e senha do Gov.br;
  • Acessar o cartão na área do concurso.

O documento informa o endereço completo da sala, o horário de início da prova e eventuais orientações adicionais.

Como será a estrutura da prova?

A estrutura da prova muda conforme o nível do cargo, mas todos os candidatos serão avaliados pela capacidade de escrever com clareza, objetividade e domínio da norma culta.

Para as vagas de nível superior, a etapa terá duas questões discursivas, cada uma limitada a 30 linhas e valendo 22,5 pontos. A correção considera tanto o domínio dos conhecimentos específicos do bloco temático quanto o uso adequado da língua portuguesa.

No nível intermediário, a avaliação será feita por meio de uma redação dissertativo-argumentativa de até 30 linhas, com valor total de 30 pontos, para a análise da escrita e da capacidade de argumentação do candidato.

O que será avaliado?

De acordo com o edital, a segunda fase do processo seletivo segue regras específicas.

No nível superior, metade da nota corresponde ao domínio técnico do conteúdo, como precisão conceitual, atendimento ao enunciado e uso correto dos temas dos Conhecimentos Específicos. A outra metade avalia o uso adequado da língua portuguesa.

Já para as vagas de nível intermediário, toda a avaliação é voltada para a qualidade da escrita e na capacidade de argumentação dos candidatos.

Como estudar para a prova discursiva do CNU 2025?

Para ter um bom resultado na prova discursiva, não basta memorizar o conteúdo: o candidato precisa ter a capacidade de transformar conhecimento em texto, com precisão e objetividade.

Nesse sentido, as principais recomendações são:

  • Revisar os eixos temáticos do edital: para identificar assuntos com maior histórico e probabilidade de cobrança;
  • Treinar estrutura textual: introdução, desenvolvimento e conclusão, de forma a evoluir o raciocínio;
  • Priorizar precisão: respostas genéricas ou prolixas comprometem a nota;
  • Fundamentar o texto: usar conceitos presentes no edital para fortalecer a argumentação;
  • Praticar escrita cronometrada: simular o tempo real da prova pode ajudar a controlar o ritmo.

O que pode cair?

Não é possível prever exatamente o tema da prova discursiva, mas é esperado que a banca cobre assuntos alinhados ao bloco temático escolhido pelo candidato. A FGV costuma explorar políticas públicas, desafios do Estado e temas que dialogam com diferentes áreas.

Por exemplo, no bloco de Seguridade Social, podem surgir discussões sobre desigualdades regionais na saúde, sustentabilidade da previdência ou impactos da tecnologia na oferta de serviços públicos.

Já no bloco de Justiça e Defesa, podem aparecer temas ligados à modernização das forças de segurança, direitos humanos, atuação policial e cooperação internacional contra o crime organizado.

Embora cada área tenha seu próprio foco, muitos assuntos são transversais e podem ser adaptados para diferentes blocos. De qualquer forma, uma estratégia é recorrer à Constituição Federal de 1988 como base para o tema escolhido. Identificar o artigo correspondente — como o art. 196 (saúde), art. 205 (educação) ou art. 6º (direitos sociais) — pode ajudar a embasar o texto e a demonstrar domínio do tema.

O que pode zerar a avaliação?

O edital também estabelece regras formais que precisam ser seguidas para evitar nota zero.

A prova deve ser escrita exclusivamente com caneta esferográfica azul ou preta, de corpo transparente, e a folha de textos definitivos não pode conter assinatura, símbolos, sinais ou qualquer marca que permita identificar o autor.

Além disso, as respostas fora do espaço delimitado ou com letra ilegível não são corrigidas.

Sobre o CNU 2025

A segunda edição do CNU reúne 3.652 vagas em 32 órgãos federais, distribuídas em nove blocos temáticos. As remunerações variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil.

De acordo com o MGI, 2.480 vagas são para provimento imediato, enquanto outras 1.172 serão preenchidas no curto prazo, após a homologação do resultado.

Blocos temáticos do CNU 2025

  • Seguridade Social, Saúde, Assistência Social e Previdência;
  • Cultura e Educação;
  • Ciências, Dados e Tecnologia;
  • Engenharias e Arquitetura;
  • Administração;
  • Desenvolvimento Socioeconômico;
  • Justiça e Defesa;
  • Intermediário — Saúde;
  • Intermediário — Regulação.
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