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Não quer tomar vacina? CEO do UBS dá opção de trabalho remoto

“A pandemia forneceu soluções para gerenciar o risco de ser portador do vírus e transmiti-lo aos colegas", afirmou Ralph Hamers

 (Stefan Tomic/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 2 de setembro de 2021 às 11h12.

Funcionários UBS que não queiram se vacinar contra o coronavírus podem solicitar o trabalho remoto, disse o CEO Ralph Hamers, sinalizando uma abordagem flexível sobre um tópico que tem dificultado os planos dos bancos para trazer as equipes de volta às mesas.

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“Temos 25 mil funcionários só nos Estados Unidos e outros milhares em Singapura e Hong Kong, e cada país tem uma estrutura legal diferente sobre o que você pode e não pode tornar obrigatório” com relação às vacinas, disse Hamers durante o Fórum Econômico Suíço em Interlaken na quinta-feira. “A pandemia forneceu soluções para gerenciar o risco de ser portador do vírus e transmiti-lo aos colegas, que é trabalhar de casa.”

Com a variante delta dificultando os esforços de Wall Street para a volta à vida no escritório, alguns bancos como o Deutsche Bank têm exigido comprovante de vacinação para a entrada nos edifícios e incentivado a imunização. Hamers está introduzindo um modelo de trabalho híbrido permanente para o banco globalmente, permitindo que pelo menos dois terços dos funcionários combinem o trabalho de casa e do escritório.

O UBS é o maior banco da Suíça, com cerca de 70 mil funcionários no mundo todo. Embora o UBS tenha adotado um tom mais ameno em relação aos modelos de trabalho pós-pandemia do que alguns de seus rivais, devido à necessidade de operadores trabalharem nos escritórios esses profissionais são praticamente obrigados a se vacinarem para manterem seus cargos.

Hamers disse em julho que traders fazem parte de “25% a um terço” do quadro de funcionários do banco para os quais é “realmente difícil” trabalhar em casa. Enquanto governos tentam incentivar céticos a se vacinarem, empresas usam cada vez mais o acesso às instalações como um incentivo claro.

Funcionários, fornecedores e clientes que queiram entrar no Deutsche Bank Center na Columbus Circle, em Nova York, terão que apresentar comprovante de vacinação, segundo uma pessoa a par do assunto. É uma ampliação da diretriz divulgada no início de agosto, quando o banco disse que apenas funcionários totalmente vacinados teriam acesso aos pregões dos EUA.

Ceticismo

A Suíça está atrás de outros países europeus em termos de porcentagem da população com imunização completa.

O número de casos de Covid-19 se estabilizou em um nível alto, e o governo adiou a decisão de exigir comprovante de vacinação, recuperação da Covid ou um teste negativo para o acesso a restaurantes e academias de ginástica. Unidades de terapia intensiva estão sob pressão nos últimos dias, e apenas 52% dos suíços completaram a imunização.

Hamers destacou que a maioria dos funcionários que não queiram se vacinar têm a opção de trabalhar remotamente.

“Já identificamos que dois terços de nossas funções podem continuar com o trabalho em casa e, portanto, estamos desenvolvendo um modelo de trabalho híbrido”, disse. “Haverá dias em vamos querer ir e trabalhar fisicamente em equipe.”

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