Carreira

Greve do Metrô e CPTM de SP: Se eu faltar no trabalho, posso ter salário descontado?

As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata não devem funcionar nesta terça-feira impedindo diversos paulistanos de chegarem ao trabalho, mas quais são as consequências? Entenda o que diz a lei:

A greve do Metrô, da CPTM, e da Sabesp será contra os projetos de privatização em discussão pelo governo Tarcísio de Freitas (Herbert Pictures/Getty Images)

A greve do Metrô, da CPTM, e da Sabesp será contra os projetos de privatização em discussão pelo governo Tarcísio de Freitas (Herbert Pictures/Getty Images)

Publicado em 2 de outubro de 2023 às 20h49.

Última atualização em 20 de outubro de 2023 às 18h22.

Os sindicatos dos funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) estão prevendo uma greve de 24 horas para esta terça-feira, 3, contra os projetos de privatização em discussão pelo governo Tarcísio de Freitas.

"O dia 3/10 unifica a luta contra o leilão da Linha 7 da CPTM, a tramitação da privatização da SABESP na ALESP e as terceirizações no Metrô. E se não retirar os editais dos pregões que visam terceirizar serviços realizados por metroviários, debateremos na assembleia do dia 3/10 a forma de darmos continuidade na nossa luta contra a destruição do Metrô público", afirma o sindicato dos metroviários em nota.

Se o funcionário faltar ao trabalho por causa da greve, ele pode ter o salário descontado?

Se você precisar faltar no dia da greve, uma das consequências pode ser o desconto do salário, segundo Núbia de Paula, advogada especialista em Direito Público e coordenadora da Gran Faculdade.

“No caso do exercício do direito de greve, tanto no serviço público quanto no privado, é permitido o desconto dos dias dos grevistas.”

Qual lei regulamenta o direito à greve?

Apesar do direito de greve estar assegurado constitucionalmente tanto a servidores públicos quanto a servidores privados, há leis diferentes para cada caso.

“Para os servidores privados, existe uma lei que regulamenta o direito de greve, já no serviço público não existe essa lei, então, a greve dos servidores públicos funciona com base na lei da iniciativa privada, que a gente pega e faz um parâmetro, e se baseia em alguns regulamentos.”

Logo, a greve é permitida nos dois casos, tanto para servidores públicos quanto para privados, no entanto, a advogada afirma que os servidores públicos que exercem funções essenciais, como saúde e transporte, podem realizar o direito de greve mantendo um chamado contingente mínimo essencial, e aí existem regulamentos que vão disciplinar qual é esse contingente mínimo que deve ser mantido.

“Também existem serviços públicos que não admitem o exercício de greve, no caso das polícias, logo é vedado o exercício de greve para eles.”

A empresa deve pagar Uber ou táxi para quem precisa ir até o trabalho?

Se o empregado não consegue ir ao trabalho por conta da greve no transporte público, por exemplo, a empresa pode fazer a opção de liberar o funcionário ou de trazer um meio alternativo para ele, que seja um transporte privado, diz a advogada.

“Independentemente se irão oferecer solução, não há nenhuma obrigatoriedade da empresa pagar Uber ou táxi para os empregados nos dias de greve”, afirma Paula.

Quais linhas serão impactadas?

As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata não devem funcionar no dia paralisação. Na CPTM, a previsão é que as linhas 7-rubi, 10-turquesa, 11-coral, 12-safira e 13-jade não funcionem.

As linhas 4-amarela, 5-lilás, 8-diamante e 9-esmeralda devem operar normalmente em meio à greve (elas são administradas pela iniciativa privada).

Acompanhe tudo sobre:Metrô de São PauloGrevesCPTM

Mais de Carreira

Como usar a técnica que transformou a cultura da Microsoft para impulsionar sua carreira

10 dicas para se destacar em um ambiente de trabalho competitivo

Como responder 'Como você lida com mudanças?' na entrevista de emprego

Por que a cultura da empresa é a chave para atrair e reter talentos?