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Emoções, amigas ou inimigas?

Lígia Velozo Crispino, sócia-fundadora da Companhia de Idiomas, explica quais são as diferentes emoções e como elas se manifestam

Lígia Velozo Crispino: A etimologia da palavra emoção vem do latim ex movere, cujo significado é “mover para fora”. É exatamente isso que a emoção quer fazer: sair de dentro de nós! (Getty Images/Divulgação)

Lígia Velozo Crispino: A etimologia da palavra emoção vem do latim ex movere, cujo significado é “mover para fora”. É exatamente isso que a emoção quer fazer: sair de dentro de nós! (Getty Images/Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 21 de julho de 2023 às 14h38.

Por Lígia Velozo Crispino, sócia-fundadora da Companhia de Idiomas

Para muitas pessoas, expressar, nomear e entender as próprias emoções pode ser uma missão muito difícil. Em alguns momentos, parece impossível entender o que sentimos.

Tornarmo-nos conscientes das emoções nos ajuda a fazer uma melhor gestão do que nos atravessa. Não precisamos e nem devemos ficar reféns das emoções. Para isso, é preciso ampliar o repertório, ou seja, conhecer as emoções e compreender o significado de cada uma delas.

“O mundo vai perguntar quem você é, e se você não souber, o mundo lhe dirá.” Carl Jung

Todos e todas nós sentimos emoções, negativas ou positivas, o tempo todo. Elas são como um termômetro, um radar que nos alerta sobre o que vai mal ou bem em nossas vidas.

A curiosidade nos move, nos torna melhores. Por isso, é preciso demonstrar interesse em querer saber mais, se entender melhor para conviver e se relacionar bem com nosso entorno. Sendo assim, tenho um convite: vamos explorar as emoções?

As emoções são experiências fisiológicas, reações químicas e elétricas do cérebro a um estímulo externo, que causam sensações no corpo, tais como: alteração da respiração, lágrimas, riso, tremores, dilatação da pupila, vermelhidão na face, paralisia, fuga entre outras. A etimologia da palavra emoção vem do latim ex movere, cujo significado é “mover para fora” ou “afastar-se” e é exatamente isso que a emoção quer fazer: sair de dentro de nós!

Como elas acontecem em nosso inconsciente, são instintivas. E aí é que está o grande desafio quando temos de aprender algo novo, nos expor, mostrar nossa vulnerabilidade. Por quê? Porque elas são um reflexo das nossas experiências, traumas, pensamentos, crenças, desejos e ações. Por esta razão, cada pessoa pode sentir uma emoção diferente diante de um mesmo acontecimento, ou seja, o ato de vivenciar cada emoção é muito pessoal.

Dentre as emoções, existem aquelas que são consideradas primárias, posto que são sentidas por qualquer ser humano de qualquer país e cultura. São elas: o medo, a tristeza, a raiva, o nojo, a surpresa e a alegria. Assistiu ao filme Divertidamente? Se não, fica a dica! Ele trata justamente das emoções primárias, as quais são as personagens centrais da animação. Na verdade, ela é um tratado sobre como acolher e fazer uma boa gestão emocional.

Abaixo um modelo simplificado da Roda das Emoções:

(Ilustração criada pela Fellipelli/Divulgação)

O que achou? Muitas emoções, não é? No dia a dia, acabamos simplificando nosso discurso, nem sempre damos o nome correto para o que estamos sentindo. Desta forma, além de assistir ao filme, outro ótimo exercício que sugiro é verificar se você consegue explicar cada uma das emoções dessa Roda. Se não conseguir, use um dicionário. Depois, busque identificar em que momentos/acontecimentos da sua vida elas se manifestam.

Você pode, inclusive, adotar a estratégia de manter registro de quais são os momentos e frases gatilhos que disparam emoções negativas ao longo de 30 dias. Depois desse período, você terá um histórico incrível que norteará sua escolha de transformar as que te limitam, sempre que surgirem. A escolha se dá quando reconhecemos e nomeamos o que estamos sentindo e decidimos não repetir os comportamentos padrões indesejados, escolhemos fazer diferente. É um processo perfeitamente possível de se colocar em prática. Vamos?

“O ambiente é a mão invisível que molda o comportamento humano. Você não precisa ser vítima do ambiente. Também pode ser o arquiteto.” James Clear

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