Promoção (Shutterstock //Shutterstock)
Crescer na carreira e alcançar desafios e salários maiores é o sonho de muita gente. Em tempos de Grande Demissão, a possibilidade de se desenvolver profissionalmente, inclusive, está sendo até mais importante que uma remuneração alta na hora de decidir mudar de emprego.
Porém, diversos fatores podem se tornar um desafio para conseguir dar um próximo passo na carreira. Os complicadores podem ir desde a simples falta de experiência e maturidade, times mais enxutos, dificultando promoções, ou, algo que acontece bastante, um currículo com problemas.
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Pensando nisso, EXAME pediu para Maria Eduarda Silveira, CEO da consultoria de recrutamento e seleção BOLD HR e especialista no assunto, algumas dicas para construir um currículo eficiente e conseguir a tão sonhada escalada na carreira.
Antes de sair por aí se candidatando para vagas de nível maior que a sua, é preciso fazer uma autoreflexão e questionar a si mesmo: você está preparado?
“Antes de se candidatar às vagas seniores, é importante analisar sua trajetória profissional até agora e se você está preparado para enfrentar os desafios do trabalho que incluem novas responsabilidades, possíveis mudanças no estilo de vida e maior visibilidade, dependendo do organograma da empresa.”
Maria Eduarda Silveir é categórica: nada de currículos com dez mil páginas. “Conforme acumulam experiência ao longo da carreira, muitos profissionais acabam querendo colocar todas as vivências no currículo, o que faz com que ele fique muito longo e cansativo, correndo o risco de que o recrutador desista de ler o documento”, explica a executiva.
Neste caso, a recomendação é deixá-lo direcionado, selecionando as experiências mais relevantes e que mais tenham conexão com a trajetória de carreira que a pessoa está desenhando para si. Duas páginas de currículo são mais do que suficientes para esta apresentação profissional.
Com foco, deixe claro quais as áreas em que atua com propriedade e quais são as principais atividades que executa, se possível, embasando com o impacto que já promoveu nos lugares onde trabalhou.
Por exemplo, a implementação de um programa ou desenvolvimento de uma ferramenta e o resultado que isso gerou para o negócio. “Ao olhar um currículo, especialmente para uma posição sênior, o recrutador busca saber de cara qual tipo de problema aquele candidato resolve e como ele irá agregar ao negócio”, ressalta Silveira.
O LinkedIn deve refletir o currículo e, por isso, estar sempre atualizado com informações completas, habilidades claras e com foto adequada e atual.
Um perfil mal preenchido, dificilmente aparecerá na seleção das vagas cadastradas que é feita pelos algoritmos da ferramenta.
Maria Eduarda ainda reforça a dica: “observe os termos que são utilizados no tipo de vaga para as quais você se candidata e busque inseri-los no seu perfil, pois as chances de match com a vaga pelos algoritmos aumenta”.
A indicação ainda é muito forte para as posições seniores então certifique-se de que o relacionamento com a sua rede de contatos profissionais está em dia e não feche a porta para os recrutadores que entram em contato com você.
“Os headhunters estão constantemente trabalhando novas e variadas vagas, por isso, mesmo que a oportunidade não seja interessante para a pessoa naquele momento, o recrutador ainda pode ser quem abrirá uma nova porta para o profissional numa futura ocasião”, conta Silveira.
Se conectar com os requisitantes da vaga via LinkedIn também pode ser legal, indicando uma postura ativa por parte do candidato. Mande um convite personalizado demonstrando o interesse na vaga, sempre com educação e sem insistência.