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Um futuro paritário na tecnologia

Embora a área de TI seja promissora para os jovens profissionais, as mulheres que atuam na área representam apenas 20% do total; como mudar isso?

É hora de mudar o futuro e, para isso, precisamos enxergar no presente como podemos contribuir (Thomas Barwick/Getty Images)

É hora de mudar o futuro e, para isso, precisamos enxergar no presente como podemos contribuir (Thomas Barwick/Getty Images)

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Publicado em 22 de março de 2022 às 10h38.

Por Maria Fernanda Bergamo*

A indústria de tecnologia é uma das áreas mais promissoras para os jovens profissionais. A cada ano podemos ver seu forte crescimento, tornando-se facilmente um dos setores mais relevantes para o desenvolvimento econômico das sociedades ao redor do mundo. No entanto, hoje, as mulheres que atuam nessa área representam 20% do total, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse problema se origina nos alicerces de nossa sociedade e começa muito antes do que pensamos. Embora haja poucas mulheres na indústria de TI, há ainda menos jovens interessados em carreiras relacionadas à ciência, tecnologia e matemática. Segundo o IBGE, no Brasil, as mulheres representam 13,3% dos alunos de Computação e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e 21,6% dos cursos de engenharia e profissões correlatas. Então, como incentivamos as jovens a se interessarem pelas áreas exatas?

É neste ponto que todos os players do setor devem focar sua atenção, pois, se nosso desafio é aumentar nossa capacidade de inovação e revolucionar o mercado de tecnologia, devemos ampliar nossas perspectivas e com ela a diversidade.

Garantir que as jovens tenham as mesmas oportunidades e os mesmos incentivos para se interessarem pelas carreiras relacionadas à ciência, tecnologia e matemática é um dever de todos nós que fazemos parte deste setor e uma responsabilidade que devemos compartilhar tanto de forma pública como privada.

Como empresa de tecnologia, estamos ainda mais comprometidos em reduzir a diferença de gênero em nível regional, incorporando iniciativas que impactam não apenas nossos mais de 13.000 funcionários, mas também suas famílias e seu meio ambiente. Acreditamos que parte do desenvolvimento de uma sociedade equitativa começa por gerar uma sólida consciência da importância de aumentar a nossa representatividade neste setor.

Mas o trabalho não pode parar por aí. A inclusão da mulher na indústria deve ser trabalhada todos os dias. Nessa linha, além de incentivar as jovens mulheres a ingressarem nas carreiras relacionadas à ciência, tecnologia e matemática, devemos acompanhá-las em seu desenvolvimento profissional, aprimorando suas habilidades com programas de empoderamento e mentorias ministradas por mulheres com mais tempo no setor, criando assim uma rede de profissionais que vai muito além do networking, gerando vínculos de valor e impactando a sociedade.

Mas, isso não é tudo. Hoje, mais do que nunca, o desenvolvimento de um ambiente de trabalho que permita conciliar a vida pessoal com a vida profissional é a chave para atrair e reter talentos. E é neste sentido que nos orgulhamos de ter políticas de recrutamento pensadas nelas, práticas de flexibilidade que lhes conferem um real equilíbrio, participação em grupos de afinidade, entre outros.

É hora de mudar o futuro e, para isso, precisamos enxergar no presente como podemos contribuir para que a participação das mulheres seja atendida desde sua fase escolar. Devemos nos envolver nessa mudança, para que amanhã, possamos ver mais jovens mulheres liderando as áreas científicas, mais mulheres entrando em carreiras relacionadas à área de exatas e para que possamos contar com seu valor dentro de nossas empresas.

Se queremos um futuro igual, devemos começar a trabalhar hoje.

*Maria Fernanda Bergamo é Head da Unidade de Plataformas da Sonda

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