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Transformação digital começa pela cultura organizacional

Em artigo, Alexandre Magno, consultor especializado em desafios de transformação, analisa os desafios encontrados ao navegar na transformação empresarial

Para 67% dos executivos, o principal desafio da Transformação Digital não reside na tecnologia, mas sim na cultura (Gerd Altmann/Pixabay/Reprodução)
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Publicado em 5 de outubro de 2023 às 12h23.

Por Alexandre Magno*

Vivemos em uma época de mudanças e transformações constantes, e o mundo dos negócios não está imune a esse fenômeno. As empresas, desde o âmbito micro ao macro, estão passando por processos que moldam suas estratégias, estruturas e cultura organizacional .

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Para entender melhor essa dinâmica, é fundamental observar como a transformação é uma constante, tanto histórica quanto futura.

Como consultor independente com vasta experiência na liderança de processos de transformação, por dois anos estive à frente desses processos no Itaú, o maior banco da América Latina. Durante esse período, conduzi mudanças significativas e adquiri uma valiosa perspectiva sobre a evolução estratégica, transitando de uma abordagem padronizada para uma mais contextualizada, descentralizada e focada em pessoas.

Neste cenário, observo claramente que a transformação digital é uma realidade, mas é importante ressaltar que os processos de transformação são complexos e contínuos, e por isso demandam uma preparação constante por parte das empresas e seus líderes.

Em novembro de 2022, durante a 1ª edição do DX Leaders, a empresa Meta e a Fundação Dom Cabral (FDC) apresentaram em primeira mão os resultados preliminares do Estudo Nacional sobre a Evolução da Inovação de Negócios e da transformação digital, que contou com a participação de mais de 80 empresas de grande porte.

De acordo com os resultados iniciais deste estudo, para 67% dos executivos, o principal desafio da Transformação Digital não reside na tecnologia, mas sim na cultura organizacional.

Transformação Micro: adaptando-se às necessidades do presente

No nível micro, as empresas estão constantemente se adaptando para responder às movimentações do mercado atual. Isso envolve a busca por eficiência operacional, o desenvolvimento de produtos e serviços que surpreendam positivamente os clientes e a criação de uma cultura empresarial que valorize a criatividade e a agilidade.

Essas transformações são necessárias para manter a competitividade em um mercado constantemente dinâmico. Não se resume apenas à adoção de novas tecnologias ou processos, mas também à compreensão das necessidades dos negócios, dos clientes e das equipes como um todo, bem como dos colaboradores individualmente.

Dessa forma, as empresas ganham cada vez mais relevância na sociedade como um todo. Aquelas que reconhecem a importância de manter uma perspectiva abrangente sobre o impacto em todas essas dimensões durante o processo de transformação estão mais propensas a alcançar o sucesso a longo prazo.

Transformação Macro: a evolução das estratégias corporativas

No nível macro, as empresas estão reavaliando suas táticas corporativas para se alinharem com as demandas de um mundo em constante mudança. Isso envolve a adoção de estratégias mais contextuais e descentralizadas, que permitem rápida adaptação às condições do mercado sem abusar da simplificação em algo naturalmente complexo.

Por isso, é importante focar nos resultados ( outcomes ) da transformação, em oposição aos meros produtos ou serviços entregues ( outputs ). Isso significa que as instituições devem concentrar-se nos aspectos que realmente importam em uma transformação, ou seja, naqueles que impactam positivamente não apenas seus clientes e funcionários, mas a sociedade em geral.

Essa mudança de mentalidade cria valor sustentável e fortalece a posição das empresas no mercado.

A transformação como constante: passado, presente e futuro

É crucial entender que a transformação não é um evento único, mas sim um processo contínuo. Ao longo da história, as empresas têm passado por inúmeras transformações para se adaptarem às mudanças no ambiente empresarial e na sociedade.

Essa tendência só deve se intensificar no futuro, à medida que novas tecnologias, desafios globais e expectativas dos consumidores continuem a evoluir.

As empresas que compreendem a necessidade de se adaptarem, que colocam as pessoas no centro de suas estratégias e que focam em resultados sustentáveis estão mais bem posicionadas para prosperar em um mundo em constante transformação.

A transformação é uma jornada contínua, e não um projeto, e as empresas que abraçam essa realidade têm a oportunidade não apenas de sobreviver, mas também de prosperar em um cenário em constante evolução.

Afinal, o futuro pertence àqueles que não apenas conseguem lidar com as constantes movimentações do mercado, mas sim às transformam em um diferencial competitivo para seus negócios.

*Alexandre Magnoé um consultor independente especializado em auxiliar empresas que enfrentamdesafios substanciais de transformação. Nos últimos anos, ele ocupou uma posição de liderança no Escritório de Transformação do Itaú, o maior banco da América Latina.

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