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Startups: chamada de aceleradora tem total de R$ 600 mil de investimento

Inscrições para programa da Overdrives, do Grupo Ser Educacional vão até 30 de maio; cinco projetos serão selecionados

 (oxygen/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2021 às 14h57.

Última atualização em 7 de maio de 2021 às 14h59.

Por Bússola

A Overdrives, aceleradora do Grupo Ser Educacional, acaba de lançar chamada para sua quinta turma de aceleração. Com inscrições abertas até 30 de maio, o processo seletivo é aberto a startups de todo o país e de todas as áreas. O investimento total do grupo é de R$ 600 mil – cada um dos cinco projetos selecionados recebe R$ 120 mil cinco depois do anúncio do resultado.

O suporte tem duração de seis meses e, depois da pandemia, passou a ser realizada de forma 100% remota. O perfil procurado na seleção, de acordo com o head da Overdrives, Luiz Gomes, são startups em começo de operação, que já tenham produto ou serviços no mercado, já com alguns clientes. As inscrições para a seleção devem ser feitas no site da aceleradora.

“As startups selecionadas definem uma meta de seis meses no começo e correm para alcançá-la. Temos uma metodologia forte de conexão com profissionais extremamente experientes e mentorias que ajudam no crescimento e na transformação da startup de acordo com o que o público-alvo dela está demandando, além de corrigir eventuais falhas”, afirma Gomes.

Criado em 2019, o programa da Overdrives já distribuiu R$ 1,6 milhão aos selecionados nas quatro turmas anteriores, incentivando empreendimentos de sete estados: Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo. Desde que foi criada, a aceleradora já impulsionou 16 negócios. "Temos startup faturando mais de R$ 100 mil/mês", diz o head da Overdrives.

Crescimento

Segundo dados da Startup Base, da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), o Brasil tem hoje cerca de 13.500 startups. De 2015 para 2020, o número de startups cadastradas praticamente triplicou, saltando de 4.451 para 13.211.  Em 2020, mesmo com retração causada pela pandemia, o crescimento foi de 3,8%, na comparação com 2019. A maioria está no Sudeste (37,3%), seguida pelas regiões Sul (24,4%), Nordeste (23,4%), Centro-Oeste (7,8%) e Norte (7,1%).

Para o diretor executivo da Abstartups, José Muritiba, uma das razões da vitalidade do mercado está nas aceleradoras. “São um player importantíssimo dentro do ecossistema de startups e inovação.”

“Por meio de metodologias, mentorias, aporte financeiro, rede de contato, acesso ao mercado, acesso às ferramentas, as aceleradoras conseguem auxiliar as startups a testarem novos modelos e mercados, otimizarem seus recursos e intensificarem a sua velocidade de crescimento de uma maneira bastante assertiva, com critérios e com processos que ajudam a dar impulsos e os próximos passos”, destaca Muritiba.

“Se estivessem sozinhas, seria muito mais difícil.”

Projeção internacional

Uma startup que passou por essas etapas de maneira mais ágil é a Fix It, healthtech que cria moldes de órteses em impressora 3D e que chegam a ser até dez vezes mais leve que o gesso – as peças imobilizadoras são feitas de PLA, um plástico biodegradável originado na fermentação do bagaço de cana-de-açúcar, milho ou beterraba.

De acordo com o CEO da Fix It, o fisioterapeuta Felipe Neves, ingressar na Overdrive fez a diferença. “Eles conseguem transmitir o conhecimento de uma forma mais real. A aceleração é frenética", diz Neves.

"No nosso caso, houve uma evolução absurda na parte de marketing. As mentorias nos ajudaram no nosso posicionamento nas mídias sociais e no offline. Foi a mutação mais palpável em termos de mentoria específica", afirma.

Um dos pontos altos, segundo ele, é o networking com executivos e investidores. "Foi importante para encontrar investidores. A aceleradora nos ajudou a passar um pouco mais de credibilidade nas apresentações. A Fix It tinha um relacionamento muito voltado para o lado acadêmico. Já estávamos em uma fase legal de maturação do projeto e foi um match muito bacana para fazer a captação."

Quando iniciou o programa, em 2019, a empresa tinha vendido pouco mais de 15 licenças. Hoje, esse número está perto de 90. E o negócio expandiu para o mercado internacional. "Crescemos muito. Estávamos em apenas algumas cidades e estados. Hoje estamos em todas as regiões e já fechamos negócio com clientes na Argentina e no Paraguai e estamos fechando com Chile, Uruguai e Bolívia. Chegamos ao marco de vender mais de 4.000 soluções e ter eliminado mais de 2,5 toneladas de gesso." Mentoria

Uma parte importante do processo de aceleração é o trabalho dos mentores. Um deles é Daniel Lima, coordenador de UX Design da Neurotech e COO da Databizz, startup que atua com jornadas de transformação digital e inovação.

Lima responde pela mentoria de Métodos Ágeis desde 2020, com sessões semanais de uma hora, em média, com cada equipe selecionada. "O grande ponto da mentoria é ter visão do que eles estão executando. A gente sai do achismo e toda pessoa envolvida no time entende melhor seu papel para a meta", afirma.

"Na Overdrives, a gente procura trazer as startups para uma metodologia mais incremental e interativa. Em vez de validar tudo no final do projeto, orientamos os empreendedores para promover ajustes, adaptações e alinhamento de caminhos em várias etapas. A cada validação é uma nova descoberta. Fazemos a provocação para que eles encontrem e decidam as melhores soluções", acrescenta.

O projeto que mais chamou a atenção de Lima foi o da T2T, startup que desenvolvia um esquema de robotização de processos contábeis. "O mais legal foi perceber o quanto eles conseguiram catequizar os clientes. Não adianta usar Métodos Ágeis se os clientes não absorverem essa cultura."

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