Bússola

Sexo, dinheiro e Only fans: O que é o app e por que ele bombou

Mudança impactará os 130 milhões de usuários e a distribuição de R$ 27 bi por ano para mais de 2 milhões de criadores

Com a nova política, muita gente que está rentabilizando foi pega de surpresa (Janis Engel / EyeEm/Getty Images)

Com a nova política, muita gente que está rentabilizando foi pega de surpresa (Janis Engel / EyeEm/Getty Images)

B

Bússola

Publicado em 22 de agosto de 2021 às 12h29.

Última atualização em 28 de junho de 2022 às 15h39.

Por Jaderson Alencar*

 A internet estremeceu esta semana com o anúncio do OnlyFans sobre a proibição da veiculação de conteúdo sexual a partir de outubro deste ano. Um escândalo.

Mas, caso você não conheça a plataforma, vamos dar um passo atrás.

Quando o Onlyfans foi criado?

O Onlyfans é uma rede criada em 2016 para que usuários comuns possam vender qualquer conteúdo on demand.

Apesar da genialidade do modelo de negócios, a geração Z, principalmente, acabou se apropriando do app para criar os chamados “packs” sensuais e explícitos e comercializá-los. Os preços variam e são sugeridos pelos próprios criadores de conteúdo. Como tudo é em dólar, a rede acaba se tornando extremamente atrativa ao público brasileiro pela conversão da moeda.

O que é e como funciona o OnlyFans

Imagine uma conta de padaria. Se você cobra 20 dólares por usuário e tem 300 seguidores. Você já recebe em média, por mês, 30 mil reais limpos, na sua conta.

Este modelo de negócios onde você paga o criador de conteúdo já é sucesso em outras plataformas. Na Twitch, por exemplo, para seguir o canal e levantar o moral do streammer, você já deposita um valor de apoio. Cada vez mais isso se torna tendência. Todos podem ser criadores de conteúdo e, parafraseando Ru Paul charles, se você tiver o carisma, a unicidade, a coragem e o talento você pode vencer e rentabilizar (muito).

Agora que já estamos alinhados sobre o que é o OnlyFans, vamos às mudanças e como isso impacta os 130 milhões de usuários e a distribuição de R$ 27 bilhões por ano para mais de 2 milhões de criadores em todo o mundo.

A motivação para retirar o conteúdo explícito veio, de acordo com a plataforma, de pedidos feitos por parceiros financeiros da empresa, que demandavam diretrizes de conteúdo mais claras.

Além de criar a nova política, a empresa anunciou o lançamento do OFTV, com foco em um conteúdo “recatado”, sem qualquer nudez.  O olhar será trazer materiais de chefs de cozinha, instrutores de academia e qualquer outro profissional que queira oferecê-los, como uma tentativa de concorrer com o modelo da Patreon (vale pesquisar).

Com a nova política, muita gente que está rentabilizando foi pega de surpresa. Apesar dos famosos nudes ainda serem permitidos, muito do conteúdo era explícito.

Fonte de renda

Enquanto alguns reclamam, outros estão felizes como os concorrentes, Privacy, AVN e o Just for Fans.  Sexo sempre foi fonte de renda desde os primordes da humanidade, o que muda, é o formato.

Uma coisa é certa: criadores de conteúdo (com ou sem nudes), esse definitivamente é o momento de vocês.

*Jaderson Alencar é Sócio-Diretor da FSB

Siga a Bússola nas redes: Instagram | LinkedIn | Twitter | Facebook | Youtube

Acompanhe tudo sobre:Bússola ComportamentoComportamentoestrategias-de-marketingRedes sociais

Mais de Bússola

Marco Yamada: o papel da IA na revolução dos serviços de seguros

Gestão Sustentável: o meio do caminho e as luzes no fim do túnel

SHB aposta em espetáculo e realiza evento com campeões olímpicos e prêmio de R$ 635 mil

Gerson Ferreira: o mercado de luxo dá certo no e-commerce? Veja o exemplo da Dior