Bússola

Um conteúdo Bússola

Quer mudar de carreira em 2022? Aposte em um bootcamp de tecnologia

Executivo conta como cursos de Data Analytics, Web Development e UX/UI Design podem ajudar interessados a migrar de área em poucos meses

 (Jay Yuno/Getty Images)

(Jay Yuno/Getty Images)

B

Bússola

Publicado em 19 de dezembro de 2021 às 13h00.

Pesquisa realizada recentemente pela consultoria McKinsey apontou uma possível carência de 1 milhão de profissionais da área de TI no Brasil até 2030. Por conta disso, muitos profissionais estão avaliando a possibilidade de migrar para a área de tecnologia diante da ampla oferta de vagas disponíveis. Estudo da Revelo (empresa especializada em RH), realizado com mais de oito mil pessoas que fazem cursos por meio do braço financeiro Revelo Up, mostra que 27,6% dos entrevistados tinham o objetivo de capacitar-se para mudar a área de atuação.

Atualmente no Brasil, de acordo com a companhia, o salário inicial médio para desenvolvedores web full stack júnior é de R$ 4.017,00, mas a remuneração pode chegar até R$ 9 mil mensais para profissionais mais experientes. Já um Data Analyst costuma receber inicialmente R$ 6.160,00 por mês, enquanto o salário médio de um UX Designer é de R$ 5.304,00, segundo a plataforma Glassdoor.

A Bússola conversou com Alexandre Tibechrani, General Manager Americas da Ironhack, escola global de tecnologia e programação com campus em Madrid, Barcelona, Miami, Paris, Cidade do México, Berlim, Amsterdam, São Paulo e Lisboa, para entender os motivos que levam as pessoas migrarem para a área de TI.

Bússola: A área de tecnologia se desenvolveu muito durante a pandemia, mas deve continuar em expansão? 

Alexandre Tibechrani: Por conta da aceleração dos processos de Transformação Digital nas empresas, causada pela pandemia do Covid-19, os profissionais que atuam com tecnologia foram ainda mais requisitados, já que tiveram que repensar e viabilizar boa parte do  modelo de negócios das marcas.

Agora, no período em que o retorno presencial está mais próximo, isso ainda continua acontecendo. As companhias entenderam a importância da tecnologia para o negócio e continuam procurando profissionais especializados. A tendência é de que a demanda siga aquecida nos próximos anos.

Muitas pessoas aproveitam essa onda de digitalização como uma oportunidade de se recolocar no mercado de trabalho. No Brasil e no mundo, há uma verdadeira batalha por profissionais especializados, desde cientistas de dados a engenheiros de computação. Até por isso as empresas não devem parar de buscar os melhores talentos de TI para aprimorarem seus negócios.

Bússola: O mercado de tecnologia também oferece oportunidades para carreira no exterior?

Alexandre Tibechrani: A pandemia da covid-19 acelerou o processo de trabalho remoto na grande maioria das companhias no Brasil e no mundo. Com a flexibilidade de horários e a não necessidade de estar em um escritório físico, a carreira internacional se tornou mais alcançável para os brasileiros em algumas áreas como, por exemplo, em tecnologia.

Esse cenário atual no mercado possibilita que os candidatos consigam viver no Brasil e exercer a função em uma empresa estrangeira, recebendo até mesmo em moedas mais valorizadas do que o real. Do mesmo modo, também permite que o colaborador trabalhe para uma empresa brasileira e viva em qualquer outro lugar do mundo.

Inclusive, atualmente alguns alunos formados pela Ironhack atuam em corporações internacionais. Hoje a liberdade geográfica traz equilíbrio entre vida profissional e pessoal - fatores que impactam diretamente no nível de felicidade dos profissionais. Por isso, as empresas estão aderindo cada vez mais a esse modelo de trabalho.

Bússola: Como funcionam os bootcamps de tecnologia?

Alexandre Tibechrani: O nome “bootcamp” teve origem no exército, quando os soldados combatentes na Guerra Fria passavam por um treinamento militar que simulava um campo de batalha real. Ali, aprendiam técnicas de defesa lutando com colegas e observando as armadilhas. Assim surgiu o nome “campo básico”, traduzido como “base camp” em inglês, que passou a ser chamado “bootcamp”. Ao longo do tempo, os conceitos desse tipo de treinamento começaram a ser aplicados em diversos segmentos, com o objetivo de fazer com que estudantes absorvessem o conhecimento teórico e logo em seguida aplicassem em projetos práticos.

Por exemplo, na Ironhack, temos bootcamps de Web Development, Data Analytics, UX/UI Design e Cybersecurity. Os cursos oferecem a possibilidade de mudança de carreira rapidamente, pois têm a duração de nove semanas, no programa integral, ou 24 semanas no part-time.

Desde o primeiro dia, os estudantes são orientados a desenvolverem seus próprios projetos e exercícios baseados em casos reais. Além disso, o treinamento é prático, orientado por especialistas que conciliam a função de professores com o trabalho nas suas próprias empresas ou projetos. É uma jornada que ensina aos alunos as habilidades técnicas e não-técnicas para superar e vencer os desafios do mercado de trabalho.

Siga a Bússola nas redes: Instagram | LinkedIn | Twitter | Facebook | Youtube

Veja também

https://exame.com/bussola/o-que-a-convergencia-de-varias-tecnologias-trara-para-2022/

https://exame.com/bussola/quer-reduzir-87-as-despesas-da-sua-empresa-comece-pela-tecnologia/

https://exame.com/bussola/evento-online-e-gratuito-discute-gestao-de-riscos-e-seguranca-tecnologica/

Acompanhe tudo sobre:empresas-de-tecnologiaInovaçãoProgramadores

Mais de Bússola

Renan Basso: é o fim do cartão de débito?

Comércio eletrônico deve faturar R$ 23,33 bilhões no Natal de 2024

Audiência ou engajamento: qual métrica realmente impulsiona o crescimento da sua marca?

Tatiana Ribeiro: precisamos de união para estratégia de IA responsável