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Quais foram as principais palestras e temas no segundo dia da Rio Innovation Week?

Grandes pensadores, cientistas, acadêmicos, empreendedores, C-levels, representantes de governos e formadores de opinião discutiram os mais variados temas centrados no desenvolvimento humano

(Rio Innovation Week/Divulgação)
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Publicado em 15 de agosto de 2024 às 15h00.

O segundo dia da Rio Innovation Week foi marcado por discussões sobre impacto social, inteligência artificial e até a possibilidade de viagens para Marte.

Separamos os principais painéis do dia 14, para que você faça uma passeio por tudo o que está acontecendo nas 37 conferências da maior feira de tecnologia e inovação global.

Veja também

O passado, presente e futuro da inteligência artificial

Na Plenária RIW, Peter Norvig, cientista da computação reconhecido mundialmente, fez uma breve discussão sobre o histórico, o desenvolvimento e as possibilidades de usos dainteligência artificial .

Ele concluiu que, apesar de uma série de efeitos colaterais e possíveis problemas envolvendo a IA, seus benefícios podem ser enormes e seria bom “correr o risco”, desde que a sociedade como um todo esteja ciente e participe desse debate.

“Na engenharia de software tradicional o principal inimigo é complexidade, um milhão de regras, regulações, taxas. Com a inteligência artificial você tem a complexidade, mas o maior inimigo é a incerteza, para algumas tarefas ela não tem a resposta certa”, explicou.

Espaço - O universo curvo: do Big Bang aos buracos negros, viagens no tempo e o filme "Interestelar"

Também na plenária RIW, Kip Thorne, um dos maiores astrofísicos da atualidade, fez um resumo de sua produção científica sobre ondas gravitacionais, buracos negros, viagem no tempo, para os espectadores entenderem como os conceitos estão presentes no filme " Interestelar ".

Ele ressaltou, também, a importância da colaboração para a pesquisa: “O Prêmio Nobel que eu ganhei deveria ter sido dado ao time todo. Muitas coisas só podem ser feitas em colaboração, não tem outra forma”.

Mosaico materno: diversidade na maternidade

Na B2MAMY, a influencer Daiane Gomes, mãe de Heitor, de 8 anos, autista e deficiente físico, disse: "eu não escolhi ser ativista, o ativismo veio até mim. Eu preciso estar presente para combater o capacitismo.A mãe atípica tem um papel social incrível porque ela precisa estar ali no dia a dia para o filho e precisa lutar para combater os preconceitos da sociedade " .

Desafio na gestão e na visão de impacto positivo

Na Humanare, Fabio Alperowitch, CIO da fama re.capital, deu ênfase às urgências atuais: “A gente não tem tempo para uma evolução lenta, estamos diante de crises sociais e climáticas provocadas pelo sistema vigente que amplifica as crises conforme cresce”.

Liderança inclusiva e inovação: o papel dos líderes na promoção de uma cultura inclusiva que fomente a inovação e a criatividade em toda organização

Na Open Innovation, Adriana Barbosa, diretora-executiva do PretaHub, fez uma avaliação sobre a pressa dos nossos dias: "Eu acho que temos um tempo muito acelerado e não nos disponibilizamos para ouvir.Uma escuta qualificada é fundamental. Um bom líder é aquele que consegue identificar um bom talento e o deixa liderar ".

A mesa foi composta também por:

Inovação pelo afeto: que ninguém seja invisível ao seu lado

Na RIW Talks, o escritor Fabricio Carpinejar lembrou que “a pressa aniquila as belezas e sutilezas da vida. Hoje, a falta de tempo para ouvir, escutar e olhar para o outro predomina. Julgamos, distorcemos os fatos e não enxergamos o ser humano ao nosso lado”.

A startup enxuta

Na Plenária RIW, Eric Ries, criador do movimento lean startup , destacou que, “ao criar uma startup, você precisa fazer um experimento científico: que hipótese você quer criar e testar? O que você está querendo com aquilo?Precisa saber se os clientes vão aderir ou não, entender como fazer o que propôs de uma forma barata e rápida .

O despertar do universo consciente

Em Ciências para Todos, Marcelo Gleiser, um dos maiores físicos brasileiros, falou sobre seu último livro (título da palestra), em que ele afirma que o planeta Terra é um lugar sagrado.

“O ser humano é essencialmente um contador de histórias, isso é o que define essencialmente nossa espécie. Essas narrativas de quem nós somos são fundamentais para a gente evoluir enquanto espécie”. O encontro teve mediação de Adilson de Oliveira, físico e professor titular da UFScar.

Finanças reais para pessoas reais

Na Plenária RIW, Nath Finanças, uma das maiores influenciadoras de educação financeira do Brasil, destacou a dificuldade das famílias em falar sobre dificuldades e planos ao perguntar: “quem já conversou sobre organização financeira, sobre dinheiro, com a família? Essa medida não é uma realidade da população brasileira. Não é fácil começar a se organizar, não se trata apenas de gastar ou não mais do que se ganha”.

A caminho de Marte: a incrível jornada de um cientista brasileiro até a NASA

Em Ciência para Todos, o engenheiro Ivair Gontijo tentou responder a pergunta “quando humanos vão para Marte?”, que intriga parte da humanidade.

“Isso vai ser difícil, vai ser uma maratona com muitos desafios de obstáculos no meio do caminho. Algumas coisas que a gente precisa fazer antes de levar humanos a Marte é levar veículos robotizados e descobrir por que o planeta se diferenciou tanto da Terra com o tempo”, explicou.

Cultura oceânica

Fabio Eon, coordenador de Ciências Humanas e Sociais e Ciências Naturais da Unesco, afirmou que “os grandes desafios da humanidade e tudo o que estamos enfrentando de mudança climática passam pelo oceano. A gente conhece muito pouco dele, só temos contato com cerca de 20%, e apenas 5% do dinheiro voltado para pesquisa mundial vai para essa causa”.

Participaram do encontro:

Protagonismo feminino e diversidade na comunicação

Na RIW Talks, a palestra contou com Camila Farani, presidente da G2 Capital, Maíra Donnici, jornalista, documentarista e consultora ESG, e Chris Pelajo, âncora da CNBC e especialista em comunicação.

Para Maíra, “se comunicar bem é saber ouvir e se interessar pelo outro. A comunicação inclusiva hoje é você conseguir abranger o maior número de pessoas".

Camila disse que “quanto mais efetivo você é na sua comunicação, mais você tem a atenção das pessoas. No mundo corrido em que vivemos, conseguir atenção é um privilégio".

Chris Pelajo avalia que é preciso “ter cuidado com as palavras e aplicar termos que tenham conotações positivas para o que desejamos comunicar".

Último ano da década do afrodescendente, instituída pela ONU

Na palestra, Moisés Santana, diretor-adjunto da Associação Advocacia Preta Carioca (APC-UMOJA), falou sobre um programa inovador da entidade. “ A associação vai às escolas, dos ensinos fundamental e médio, para dar aulas de cidadania e democracia. Esmiuçamos conceitos de direitos humanos fundamentais para que as crianças possam pensar e produzir conscientemente”, contou.

Participaram também do encontro, pela APC, Raquel Alexandre do Carmo, diretora-executiva, Angela Kinbangu, presidente, e Ana Paula Reis.

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