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Por Danilo Vicente*

Na última semana, Daiza Lazarte Barros, jornalista, voltou aos holofotes. É difícil que alguém a identifique pelo nome, mas Daiza é a “menina do bambu”, aquela que ficou famosa por deixar o maior apresentador da história da TV brasileira, Silvio Santos, sem palavras.

Em 1985, Daiza, então com 8 anos de idade, contou uma piada: “Qual é a diferença entre o poste, o bambu e a mulher?”, perguntou. Silvio respondeu: “Lá vem besteira”. E ela: “O poste dá luz em cima, a mulher dá à luz em baixo”. Silvio: “E o bambu?”. Ela: “Enfia no c...”. Silvio levou na esportiva e, após aquele “eterno” segundo de silêncio, só retrucou: “Sem vergonha, sem vergonha”.

Eis que agora, em programa para comemorar os 60 anos do Programa Silvio Santos, célebre atração do SBT, a emissora encontrou Daiza, que resolveu se desculpar, indicando estar “envergonhada e arrependida”.  "Nunca foi da minha vontade me manifestar. Há muitos anos, essa piada soa de forma engraçada, mas vai contra os princípios que eu tenho", disse durante a gravação de programa capitaneado por Patrícia Abravanel.

Ah, não! Aí é demais. Tudo bem que Daiza tem direito a se arrepender, seja por questão religiosa ou não (ela atua como missionária). Porém, não deve. Foi uma brincadeira de uma criança de 8 anos e criou um momento histórico da TV brasileira. Piada contra ninguém, uma anedota que o próprio Silvio levou na boa.

O pedido de desculpa dela é para Silvio? Duvido que ele tenha ficado bravo ou não gostado. Ao telespectador? Pode ficar despreocupada, foi um momento hilário e aposto que a maioria adorou. Seria ao bambu? Não, obviamente.

O pedido de desculpa dela reforça que uma criança, ainda sem amarras e sem maldade, é muito mais legal do que um adulto quando o momento pede originalidade. Daí a graça de sua piada. Se fosse um adulto, o chiste seria chato.

Daiza contou a O Globo que, após a situação, levou uma bronca homérica da mãe e da professora que havia organizado a excursão com estudantes da escola. Era ainda a época que pouco se podia (ou quase nada), o ano da saída da Ditadura, essa sim uma desonra nacional. Trinta e dois anos depois, era de se esperar que essa “vergonha” tivesse passado. Pelo visto, ainda temos de avançar.

*Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação.

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