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O que são cidades inteligentes? – as chamadas ‘smart cities’

Inovação e sustentabilidade são centro do conceito que enfrenta desafios no Brasil. Confira o artigo de Thiago Ely

Singapura, que usa análise de dados para otimizar tráfego e segurança, é uma das maiores smart cities do mundo (Tuul & Bruno Morandi/Getty Images)

Singapura, que usa análise de dados para otimizar tráfego e segurança, é uma das maiores smart cities do mundo (Tuul & Bruno Morandi/Getty Images)

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Publicado em 6 de setembro de 2024 às 10h00.

Por Thiago Ely*

O que é cidade inteligente na prática? É qualidade de vida, que se traduz em segurança, desenvolvimento urbano, mobilidade, uso racional de recursos; estar perto de tudo, inclusive da natureza; incorporar tecnologia ao dia a dia; resgatar o valor da coletividade. 

O conceito de cidade inteligente é um avanço significativo no planejamento urbano. Sustentabilidade e inovação se combinam para criar ambientes urbanos mais eficientes, inclusivos e resilientes – integrando tecnologia e dados para otimizar serviços e reduzir custos e consumo de recursos. 

As smart cities aprimoram diversos aspectos: de vida em comunidade e trânsito a gestão de resíduos, iluminação pública e segurança. São muitas possibilidades de ganhos em tempo, eficiência, economia e qualidade de vida – tanto para moradores quanto para vizinhos das cidades inteligentes. Entre eles: 

  • Fontes de energia renováveis e gestão inteligente de energia; 
  • Soluções em mobilidade e circulação: transporte público, ciclovias e veículos compartilhados que diminuem o trânsito e a poluição; 
  • Abordagens inteligentes para segurança e monitoramento; 
  • Acesso facilitado a serviços públicos; 
  • Áreas verdes e espaços de convivência, para bem-estar e inclusão social. 

Há vários exemplos de como smart cities transformam a vida urbana – como Barcelona, onde o monitoramento da qualidade do ar e a gestão de resíduos melhoram a saúde pública e a performance em impactos ambientais, ou Singapura, que usa análise de dados para otimizar tráfego e segurança. 

No Brasil: desafios e caminhos possíveis 

A implementação de cidades inteligentes ainda está em estágio inicial no Brasil. Um dos principais desafios é o investimento elevado: desenvolver infraestrutura tecnológica e sustentável exige aportes significativos. 

Além disso, integrar diferentes sistemas e tecnologias pode ser complexo do ponto de vista burocrático, requisitando planejamento detalhado; soma-se a isso necessidade de um arcabouço regulatório que suporte a inovação e a proteção de dados. 

No entanto, já é possível viver em bairros planejados, mais seguros, com acesso em até 15 minutos a comércio, serviços, escolas, hospitais... espaços urbanos com conectividade, acessibilidade, comodidades, consumo consciente de água e energia, junto da natureza. 

E um ponto importante considerando o nosso mercado – isso está cada vez mais ao alcance de milhares de brasileiros, em uma tendência positiva de democratização de uma experiência mais inteligente de morar com qualidade de vida. 

Na MRV, exemplo mais próximo da minha experiência, desenvolvemos nos últimos anos o conceito de “Smartcidade”, na forma dos empreendimentos Cidade Sete Sóis, em várias cidades do país. Na Cidade Sete Sóis Pirituba (São Paulo/ SP), são mais de 11 mil moradias previstas – uma população de cerca de 30 mil pessoas que vai viver melhor, com muito verde, urbanismo, sustentabilidade e tecnologia avançada para segurança e mobilidade. 

E importante: o público-alvo desse tipo de produto é de famílias de baixa e média renda, que podem, ainda, recorrer a programas de subsídios como o Minha Casa, Minha Vida. É uma transformação acessível, que acontece quando o cliente está no centro da estratégia do negócio. 

Um cliente que vai viver com mais conforto, mais conveniência e junto de áreas verdes que contribuem para a preservação ambiental e definem espaços de convivência e lazer que abraçam tanto os moradores como a vizinhança. 

Isso além de recursos para mobilidade e acessibilidade; da proximidade com serviços essenciais que facilita o dia a dia; e das áreas compartilhadas que incentivam a integração e evidenciam o valor da coletividade – elementos fundamentais para uma vida melhor nos grandes centros. Por iniciativas assim, eu acredito que é possível, sim, desenvolver projetos habitacionais acessíveis e inovadores ao mesmo tempo, com muita qualidade. Essa é a visão da vanguarda da construção civil; mais ainda, é o caminho viável para superar obstáculos e desafios contemporâneos das áreas urbanas. 

Afinal, o futuro da habitação no Brasil passa por soluções realmente transformadoras – que promovam impacto positivo para as cidades, para o planeta, e, principalmente, para as pessoas. 

*Thiago Ely é Diretor Executivo Comercial e Marketing da MRV&CO, um grupo de cinco empresas que desenvolvem as soluções em moradia mais adequadas para cada perfil de cliente, necessidade e momento de vida. 

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