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Por Carolina Fernandes*

Netweaving é a evolução do networking. Enquanto este último pode ser entendido como “o processo de conhecer e conversar com pessoas que podem ser úteis para você”, netweaving é um conceito que fala de troca de experiências sem expectativas. Se o seu networking segue o método Don Corleone, de O Poderoso Chefão – “para cada serviço prestado, um dia pedirá algo em troca” – ele está ultrapassado. Buscar uma rede de contatos com objetivo puramente comercial é uma prática que tem os seus dias contados e vem sendo ressignificada com o netweaving.

Na prática, o que é o netweaving?

O termo surgiu em 2003, no livro “The Heart and Art of Netweaving: Building Meaningful Relationships One Connection At a Time”, do autor americano Robert Littel, e tem uma proposta mais abrangente e efetiva que o networking. Isso porque trata esse relacionamento com terceiros não como se fosse um projeto profissional de curto e médio prazo, mas com a proposta de criar laços sólidos entre as pessoas.

Ainda segundo Bob Littel, o netweaving, quando feito corretamente, é a ferramenta mais poderosa que existe para a criação de uma fonte inesgotável de referências, sem que você precise pedir por elas.

Resumindo, enquanto a essência do networking está na pergunta “O que eu posso ganhar ao me relacionar com essa pessoa?”, no netweaving, o questionamento é “O que eu posso fazer para ajudar aquela pessoa?”, mas claro, com interesse genuíno, sem esperar algo em troca.

Fazer networking não é mais eficiente que fazer netweaving?

Em um primeiro momento, por ser algo encarado como uma meta, um objetivo profissional, o networking pode sim parecer mais efetivo. Afinal, o relacionamento é baseado em uma troca, você faz algo por alguém e ele faz por você, ponto final.

Porém, uma pergunta simples aqui: e se essa “troca” se tornasse algo comum, que perdurasse por toda uma vida e que tivesse como principal interesse o de ajudar o outro, não seria mais inteligente e eficaz? 

É isso que o netweaving propõe: transformar contatos profissionais em amizades fiéis, sem o peso e a obrigação de devolver o “favor” que recebeu. A principal diferença é o mindset por trás do relacionamento.

Além disso, a ausência de um interesse por trás dessa ajuda ao outro pode proporcionar um retorno maior do que você precisava. Robert Littlel destaca que aplicar o netweaving permite fortalecer a marca profissional de forma sólida e orgânica, aumentando sua reputação e credibilidade.

Os elementos chave do netweaving

Ainda com base no conceito criado por Robert Littel, para fazer netweaving é preciso desenvolver duas habilidades chave:

  • aprender a se tornar um verdadeiro conector estratégico de outros – unindo pessoas sem pensar em ser monetizado por isso;
  • aprender a se posicionar como um recurso estratégico para os outros – você será a pessoa que provê ou fornece os contatos de sua rede de relacionamentos.

O que esses elementos chave mostram? Que netweaving não significa ser ingênuo, mas ser estratégico sem ser interesseiro

Como fazer netweaving

Netweaving é reciprocidade! Você deve ser a primeira pessoa a ajudar, a oferecer algo de valor, sem esperar nada em troca no curto prazo. Quando isso acontece, quem recebe sua contribuição naturalmente está mais propenso a retribuir quando você precisar.

E lembre-se: “gentileza gera gentileza”! Você não precisa fugir da sua essência e nem desenvolver técnicas mirabolantes. As pessoas irão se conectar com quem você é. Compartilhe experiências, ofereça insights, demonstre interesse verdadeiro em manter a pessoa por perto. Fazendo isso, o universo se encarrega de devolver!

*Carolina Fernandes é CEO da Cubo Comunicação, palestrante, host do podcast A Tecla SAP do Marketês, mentora e especialista em Marketing & Comunicação com mais de 20 anos de atuação passando pelas áreas de assessoria de imprensa, agência de marketing e mundo corporativo.

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