Mundo político se movimenta, mas segurança vacinal é cenário distante
Com “nacionalismo de vacinas”, ainda são poucos os países que se aproximam da chamada imunidade de rebanho
André Martins
Publicado em 30 de março de 2021 às 18h31.
Última atualização em 30 de março de 2021 às 19h26.
Contam-se nos dedos da mão os países onde a vacinação corre em ritmo suficiente para ter atingido, ou estar perto de atingir, a imunidade de rebanho. Contribui para isso o "nacionalismo de vacinas", a política de algumas nações grandes fabricantes reservarem para elas próprias as vacinas em quantidade suficiente para imunizar toda sua população.
Já no segundo pelotão correm os países onde a vacinação ganhou certo ritmo, mas ainda está longe de ter coberto porcentagens majoritárias da população. O Brasil está nesse grupo, que sofre de limitações comuns. A principal delas? Não ser fabricante de vacinas. Inclui até países grandes e industrializados em outros setores, como o Brasil.
Sobre essa dependência, o problema do momento é a possibilidade de sobressaltos na importação dos insumos necessários à produção da Coronavac. O mundo político se movimenta para evitar soluções de continuidade. É a nossa situação, graças aos conhecidos problemas conjunturais e também à subestimação da importância de uma assim chamada segurança vacinal.
Seria algo semelhante ao conceito de segurança alimentar, só que para vacinas.
* Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação
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