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Gestão humanizada é pauta expoente no meio jurídico

Escritórios encabeçam movimentos de aposta em cultura corporativa focada em pessoas

 O mundo corporativo está sempre se reinventando (fizkes/iStockphoto)

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Publicado em 14 de julho de 2023 às 18h30.

Última atualização em 14 de julho de 2023 às 18h38.

Na atualidade, cada vez mais vemos as áreas de gestão de pessoas preocupadas com questões como inclusão, flexibilidade, saúde mental e desenvolvimento dos profissionais. Com isso, cada vez mais, estes aspectos também chegam a setores que antes eram considerados mais tradicionais em seu modelo de operação, como era o caso dos escritórios jurídicos.

De acordo com Maria Eduarda Silveira, sócia-fundadora da Bold HRO, consultoria de recrutamento especializado para o segmento jurídico e desenvolvimento organizacional, as mudanças refletem sobre o novo conceito do que é alcançar o sucesso profissional. “As empresas, de modo geral, estão mais conscientes de que, para tornar o ambiente eficiente e sustentável é preciso ter uma boa equipe, comprometida e engajada com os objetivos e propósito da empresa. Por isso, muitos estão vivendo este movimento de fortalecer seus pilares de gestão de pessoas, com mais criatividade e inovação em suas práticas”, diz a especialista. 

Dentro deste cenário, o /asbz, um dos maiores escritórios de advocacia do país, vem atuando de forma pioneira na gestão de pessoas dentro do contexto jurídico, já que, praticamente desde o início de sua operação, prioriza a construção de pilares que favorecem um ambiente acolhedor, inclusivo e socialmente transformador.

“Nós temos outro modelo de gestão com base em valores. Aqui caminhamos observando também outros aspectos essenciais, como as métricas adotadas para fins de remuneração, produtividade e eficiência, que, por vezes, bloqueiam o desenvolvimento de talentos e estimulam uma cultura de estresse excessivo, o que, obviamente, impactam a qualidade de vida dos colaboradores”, diz Alfredo Zucca, CEO do /asbz. 

Maria Eduarda reforça esta ideia ao comentar que, cada vez mais, as empresas entendem que cuidar do colaborador faz parte de uma cultura de alto desempenho. “Não há como as pessoas produzirem se não estiverem bem e seguras dentro do ambiente de trabalho. O tema cultura deixou de ser algo meramente institucional e tornou-se elemento do cotidiano, algo praticado no dia a dia, desde os comportamentos aceitos na companhia até as métricas utilizadas para promoção dos colaboradores. Tudo isso irá se refletir no clima organizacional, na atração e engajamento dos talentos”, afirma a headhunter.

Autonomia para os RHs

Para Zucca, o mais importante é dar voz às pessoas, só assim é possível criar um ambiente de trabalho verdadeiramente inclusivo e que dê oportunidade para todos. “Para isso, a atuação do RH é estratégica e tem papel fundamental. É a área que garante o olhar vigilante a esses aspectos que nos são tão caros e, por isso, desde sempre fizemos questão de conferir esta autonomia”, diz.

Maria Eduarda acrescenta que, num primeiro momento, a resistência dos níveis executivos em relação a mudanças na gestão de pessoas pode ser compreensível, já que estão constantemente pressionados pela busca de resultados, metas e satisfação constante dos clientes, porém, exatamente por isso, assegura que vale a pena avaliar e apostar nos seus benefícios, já que é por meio de uma boa estratégia de gestão de pessoas que será possível alcançar resultados sólidos em longo prazo, garantindo melhores índices de atração, engajamento e desempenho por parte dos profissionais, o que, naturalmente, impactará positivamente os resultados.

Resultados positivos para o desenvolvimento de talentos

No final de 2022, a Bold HRO realizou um levantamento com sócios e diretores dos mais conceituados escritórios jurídicos do Brasil sobre os Desafios de Novos Modelos de Trabalho na Área Jurídica, no qual identificou alta rotatividade entre os profissionais juniores, com aproximadamente 60% das vagas para este nível apresentando movimentação acima da média. Mais da metade dos respondentes (58%) afirmaram que tiveram um turnover entre 10% e 20%.

O caso do /asbz vai na contramão desta tendência, já que os frutos desse novo olhar para a gestão de talentos têm sido muito positivos, gerando crescimento profissional e retenção de talentos. Segundo Zucca, dentre os sete novos sócios-conselheiros do escritório, cinco deles começaram suas jornadas como estagiários no /asbz. “Esse resultado é reflexo de nossa essência, que é trabalhar com soft skills. Temos nosso projeto de desenvolvimento de pessoas e uma série de programas que impactam o fortalecimento de um ambiente de trabalho cada vez mais positivo e saudável, isso faz parte da nossa cultura”, afirma o executivo.

O advogado destaca que esse tipo de gestão demanda um DNA cada vez mais construtivo das empresas. “Vivemos em um mundo de transição. Se quisermos realmente adentrar nesse cenário de mudanças, precisamos abraçar a causa da cultura corporativa mais positiva e, consequentemente, mais eficaz. Isso é uma perspectiva de futuro, mas que devemos começar a plantar hoje”, declara Zucca.

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