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ESG: Direitos dos LGBTQIA+ não são preocupação para 31% dos brasileiros

Energias renováveis, consumismo excessivo e parcialidade da imprensa também estão entre os itens que menos preocupam os brasileiros, segundo pesquisa

Diversidade: Ambientes saudáveis criam produtividade ainda maior (FatCamera/Getty Images)

Diversidade: Ambientes saudáveis criam produtividade ainda maior (FatCamera/Getty Images)

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Publicado em 21 de junho de 2022 às 14h30.

Por Bússola

Uma pesquisa da consultoria Walk The Talk by La Maison, especializada em pesquisas ESG, revela que 31% dos brasileiros não conhece, não se preocupa muito ou nunca ouviu falar de problemas relacionados aos direitos da população LGBTQIA+. Os dados fazem parte da segunda edição do tracking Global Positioning Sustainability (GPS) que ouviu mais de quatro mil pessoas, de todas as classes sociais, de 16 a 64 anos, nas cinco regiões do país, e elencou os problemas mais e menos relevantes para a população brasileira com relação às práticas ambientais, sociais e de governança.

De acordo com Juliana Simão, uma das fundadoras da Walk The Talk, temas como direitos LGBTQIA+ no Brasil ainda são uma preocupação de nicho. "Vemos que esta pauta está muito mais forte entre jovens entre de 16 a 24 anos), de classes mais altas não heterossexuais", declara. "O resto da população brasileira tem preocupações mais centradas em problemas estruturais como desemprego, educação e saúde."

A lista de problemas menos relevantes conforme a percepção dos brasileiros, além dos direitos da população LLGBTQIA+, traz outros cinco tópicos que os brasileiros dizem não conhecer, não se preocupar muito ou que nunca tenham ouvido falar: energias não renováveis (20%), consumismo excessivo (20%), parcialidade e manipulação da imprensa (19%), aumento da favelização (18%) e aumento das fake news (15%).

Por outro lado, analisando os problemas mais relevantes para a população brasileira, o primeiro lugar ficou com o desemprego empatado com as preocupações relacionadas à saúde. Nesses dois tópicos, 68% dos entrevistados dizem se importar muito ou serem ativistas. Na sequência vêm pobreza (65%), educação (64%), desmatamento (63%) e poluição do ar (61%).

A pesquisa também elencou as 10 ações mais esperadas pelos consumidores em relação às marcas. São mais valorizadas marcas que:

  • Devolvem recursos naturais, fazendo ações como reflorestamento ou neutralização de carbono
  • Mudaram seus produtos ou serviços para serem ambientalmente sustentáveis
  • Não fazem testes em animais
  • Fazem embalagens que sejam melhores para o meio-ambiente (ex. reciclável, biodegradável)
  • Evitam atividades que ameacem a flora e fauna brasileiras
  • Promovem a saúde e bem estar de seus empregados e colaboradores
  • Usam menos recursos naturais (como menos água, menos energia ou menos resíduos)
  • Valorizam o Brasil, usando mão de obra e/ou ingredientes e/ou representatividade local
  • Investem em tecnologia para diminuir seu impacto ambiental
  • Têm programas e projetos para melhorar o Brasil

O tracking Global Positioning Sustainability (GPS), que acontece duas vezes por ano e teve sua primeira edição em outubro do ano passado, tem o intuito de mostrar como as práticas ESG acontecem no Brasil do ponto de vista da sociedade sendo realizado de maneira online por meio da plataforma Offerwise, maior painel de respondentes da América Latina. Todos os entrevistados responderam um questionário estruturado, com perguntas fechadas e abertas, envolvendo as três dimensões do ESG.

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