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Escolha sobre contagem de likes no Instagram dá poder aos usuários

Já é possível ocultar ou deixar à mostra o número de curtidas nas postagens de outras pessoas e em suas próprias

Ocultar ou mostrar curtidas tem pouco impacto sobre como usuários usam a plataforma. (Bússola/Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2021 às 20h39.

Por Alexandre Loures e Flávio Castro*

Na semana passada o Instagram anunciou em seu blog que agora os usuários podem escolher mostrar ou ocultar as curtidas. Em 2019, os likes começaram a ser ocultados com o objetivo de que atenção se voltasse para os conteúdos e inspirações ao invés do número de curtidas.

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Muitos reclamavam que os likes geravam ansiedade e que induziam as pessoas a gostarem de conteúdos apenas por serem populares. No entanto, um outro argumento defendia que o Instagram mantivesse as curtidas por serem relevantes para mensuração e para a comunidade de influenciadores, que usavam a métrica para trabalhar com parceiros, marcas e anunciantes.

Após o período de testes, o Head do Instagram, Adam Mosseri, disse que eles concluíram que ocultar ou mostrar as curtidas não teve um grande impacto na maneira em que os usuários usavam a plataforma, no seu bem-estar e no sentimento que tinham em relação à rede.

Com base nessa conclusão, o Instagram optou por deixar as pessoas escolherem se vão querer ocultar ou não o número de curtidas.

Poder de decisão dos usuários

Essa iniciativa aponta para uma tendência que vem tomando forma há algum tempo: a personalização das redes. Cada vez mais veremos as plataformas dando a opção para o usuário escolher como prefere sua experiência. O CEO do Twitter, Jack Dorsey, já falou que imagina um futuro em que as pessoas irão optar por seu algoritmo de recomendação favorito.

Algumas questões como o feed do Instagram ser em ordem cronológica ou de relevância ou a discussão do que é considerado conteúdo de nudez, mostram que a escolha a nível pessoal pode trazer resultados satisfatórios para plataformas e usuários.

O cenário atual não pede que apenas marcas e empresas personalizem seus conteúdos e ferramentas, mas que as redes sociais também comecem a fazer o mesmo, tornando mais fácil para seus usuários terem algum controle sobre sua experiência de navegação.

Considerando que nem sempre o que é bom para uma pessoa é interessante para outra, gigantes como o Instagram perceberam que a comunidade quer tomar mais decisões que impactem no sentimento positivo e na satisfação acerca do uso das redes.

*Alexandre LoureseFlávio Castrosão sócios da FSB Comunicação

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