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Diferentes gerações e um negócio: startups e suas contratações

Diferentes gerações e um negócio: startups e suas contratações

Diversidade é um ponto importante (Stephen Zeigler/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 5 de setembro de 2022 às 10h30.

Por Beatriz Ambrósio*

É com muita felicidade, e talvez um certo alívio, que as startups estão amadurecendo seu processo de gestão, literalmente falando. Se antes, ter a maioria dos colaboradores jovens era uma marca registrada, essas empresas estão aprendendo com os erros e diluindo a idade dos funcionários de uma maneira mais igualitária.

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Um estudo feito em 2020 mostrou que a média de idade dos funcionários em fintechs é de 35 anos, um aumento de 8.2%, enquanto a queda de colaboradores com menos de 25 anos caiu na mesma proporção. Puxado muito pelo amadurecimento das pessoas que estão dentro das startups, esse dado também mostra a capacidade desse modelo de negócio de aprender com os erros.

O levantamento “Por que pessoas 50+ não são consideradas como força de trabalho em um país que envelhece?”,  divulgado recentemente, feito pela plataforma de realocação Maturi e da EY Brasil, mostrou que em muitas empresas do país, o grupo dos colaboradores com mais de 50 anos não ultrapassa os 10% da equipe. Um dado de fato preocupante, levando em conta que vivemos em um país que 26% da população tem acima de 50 anos. No entanto,  as oportunidades de emprego para essas pessoas são muito pequenas.

Esses estudos representam uma realidade do mercado de trabalho: a de empresas que são  etaristas e reconhecem que de fato essa visão existe. Outro dado do levantamento mostra que quase 80% das empresas que participaram da pesquisa, afirmam que existe um viés contrário à contratação de profissionais mais experientes. Por isso, quero trazer aqui a importância da diversidade para o desenvolvimento sustentável das empresas.

Muito se fala sobre o tema, mas,  implementar políticas de diversidade não é uma tarefa fácil e, essa prática é pouquíssimo praticada dentro do contexto das startups, por exemplo, afinal, é preciso começar dos pontos mais básicos, como o aumento da média de idade nas contratações para os escritórios e ir desenvolvendo essa estrutura e cascateando para outras áreas, até que a empresa toda possa de fato se reconhecer como uma empresa diversa, com oportunidades para todos.

Eu também poderia apontar muitos erros sobre o fato de ter pessoas extremamente jovens em cargos de liderança, mas o ponto não é esse. Empresas com pessoas extremamente jovens em todas as suas camadas de decisão acabam sendo pouco diversas e contribuem com uma série de estigmas que seguem firmes na nossa sociedade, como no caso do etarismo. E, esse é o erro que está sendo corrigido aos poucos.

Entre os pontos positivos para trazer profissionais experientes e mesclar esses profissionais com outros mais jovens estão a troca de ideias e de vivências, além de que, com a alta rotatividade dos profissionais e o impacto disso na rotina corporativa passa a ser um diferencial interessante ter em sua equipe alguém comprometido, responsável e claro, que tenha inteligência emocional como é o caso dos especialistas do grupo com mais de 50 anos.

Profissionais que vieram de grandes empresas, pessoas especializadas em startups ou até mesmo alguém vindo de outro setor. Agora, essa pluralidade passa a ser um ativo importante para lidar com o inverno que o mercado tem passado e sua imensa necessidade de inovação que só a diversidade pode oferecer.

Importante pontuar que aqui estamos falando sobre a diversidade de ter pessoas com diferentes idades dentro de uma mesma empresa, mas, todas as possibilidades que esse caminho oferece são igualmente importantes e fundamentais para o sucesso de todo negócio, startup ou não.

*Beatriz Ambrósio é Head de Relações Públicas e Marketing

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