(Hispanolistic/Getty Images)
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Publicado em 21 de novembro de 2024 às 14h00.
Por Rapha Avellar, CEO e fundador da BrandLovrs
Na Creator Economy, algumas das campanhas mais bem sucedidas não vêm de celebridades com milhões de seguidores, mas de parcerias construídas com nano e micro creators com conexão e autenticidade.
Marcas como a Glossier, que lançou produtos apoiada em uma rede de micro creators, ou a SHEIN, que explora a narrativa de influenciadores menores para aumentar o alcance em nichos específicos, mostram que autenticidade e segmentação são trunfos que não podem ser ignorados.
Essas parcerias representam uma visão atualizada do papel dos creators: o objetivo não acaba em alcançar uma audiência maior, mas busca conquistar a confiança de nichos específicos, alcançando resultados genuínos e sustentáveis.
A autenticidade é a base do sucesso em qualquer campanha de influência, e é aí que os nano e micro creators se destacam. Diferente das celebridades, esses creators estão mais próximos do público, o que torna a interação mais pessoal e o conteúdo, mais crível. Eles conversam com seus seguidores de igual para igual, criando uma relação de confiança — ativo valioso para qualquer marca.
Parcerias que incentivam creators no desenvolvimento de conteúdos que representem experiências pessoais com o produto, sem roteiros rígidos, têm maior aceitação e geram conexão verdadeira. A Pantys, por exemplo, incentiva as creators parceiras a repartirem experiências reais com os produtos da marca, gerando curiosidade junto aos seguidores, que já sabem que podem confiar nas indicações que recebem.
O poder das campanhas está na qualidade do engajamento. Nano e micro creators frequentemente apresentam taxas de engajamento superiores a creators com milhões de seguidores, pois são vistos como referências próximas e acessíveis. Ao escolher creators mais segmentados, as marcas alcançam audiências que realmente interagem e respondem com seu conteúdo.
Além de uma boa performance em engajamento, campanhas com nano e micro creators têm bom custo benefício para as marcas. Parcerias com esses criadores possibilitam que o orçamento seja distribuído entre múltiplos perfis, em vez de concentrado em uma grande estrela, aumentando as chances de atingir nichos distintos e maximizando o ROI. Na prática, o investimento é mais diluído e permite testar diferentes perfis de creators, garantindo um entendimento dos segmentos que mais convertem em resultados reais.
Criar uma base de creators que realmente conhecem a marca é fundamental para resultados contínuos. As melhores campanhas com creators menores são aquelas que entendem o valor de parcerias recorrentes, onde a afinidade com a marca cresce e o relacionamento com o público se fortalece com o tempo. As parcerias de longo prazo permitem que criadores desenvolvam histórias em torno da marca e mantenham consistência em suas indicações, aproximando o público e gerando fidelidade.
As marcas que obtêm sucesso no universo da Creator Economy não abrem mão de um acompanhamento rigoroso de métricas, mesmo com criadores de menor alcance. A mensuração vai além de views e likes, aprofundando-se em métricas como impacto nas conversas, menções espontâneas e conversões efetivas. Isso permite ajustar as campanhas e encontrar novos ângulos para que o conteúdo se mantenha relevante e evolua com o público.
Ao longo dos anos, fica evidente que as parcerias com nano e micro creators são o caminho para campanhas de marketing autênticas, direcionadas e sustentáveis. À medida que a Creator Economy continua a evoluir, as marcas que apostam em colaborações estratégicas e genuínas com influenciadores menores terão uma vantagem duradoura. Afinal, o sucesso pertence àquelas parcerias que colocam as pessoas e suas histórias no centro das campanhas.
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