Consultores executam um trabalho crucial na implementação de estratégias de sucessão (Thomas Barwick/Getty Images)
Plataforma de conteúdo
Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 07h00.
Por Farias Souza*
Segundo o IBGE, as organizações familiares são responsáveis por 65% do PIB gerado no Brasil e respondem por 75% dos empregos. Fundamentais na economia do país, muitas vezes, o processo sucessório nessas companhias é delicado e complexo.
Diante desse cenário, um conselho desempenha papel estratégico ao oferecer perspectiva externa e imparcial, ajudando a mitigar brigas. Em outras palavras, atua como um fórum neutro para discussões importantes, promovendo a comunicação aberta e construtiva entre os membros da família e os principais stakeholders.
Consultores executam um trabalho crucial na implementação de estratégias de sucessão para promover longevidade, estabilidade e prosperidade da organização. Isso inclui análise profunda das dinâmicas internas, como estrutura organizacional, cultura, valores e metas em longo prazo.
A criação de um ambiente de governança eficaz é outra responsabilidade do conselho consultivo.
O foco recai sobre o estabelecimento de políticas e procedimentos transparentes para a gestão empresarial, aliados a uma comunicação clara e objetiva. Essa abordagem não apenas visa minimizar o impacto dos confrontos entre parentes e demais sócios, mas também é elemento importante para assegurar a continuidade dos negócios.
Um dos principais objetivos do conselho consultivo é orientar a seleção do sucessor de maneira justa e baseada em méritos, garantindo que as habilidades e competências do candidato estejam alinhadas com as necessidades estratégicas da empresa. A imparcialidade dos membros ajuda a evitar favoritismos e garante que a escolha seja amparada inteiramente em critérios objetivos.
As organizações familiares são protagonistas da economia brasileira e os conselheiros peças-chaves em um momento essencial: o processo de sucessão. Este período, frequentemente marcado por conflitos e questões delicadas, encontra nessa figura um facilitador imparcial. Sua atuação orienta a escolha do sucessor, promove a capacitação e o desenvolvimento e colabora para o estabelecimento de uma governança robusta. Dessa forma, o conselheiro desempenha função determinante para proporcionar o equilíbrio e o sucesso contínuo da organização.
*Farias Souza é CEO de Board Academy, EdTech de Formação e Desenvolvimento de Conselheiros Consultivos, Independentes, Fiscais e de Administração de Empresas – e-mail: boardacademy@nbpress.com.br .
Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube
Veja também
Como parceria entre SpaceX e Bahamas pode impulsionar e transformar o turismo espacial mundial
Bússola & Cia: após crescer 42%, logtech ‘Eu Entrego' faz rebranding
Inteligência artificial e gamificação serão prioridade na comunicação interna de empresas em 2024