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Com aporte de R$ 160 mi, Amigo Tech quer ser o próximo unicórnio da saúde. Ou melhor, o próximo bode

Com contabilidade, CRM e fintech, startup está fazendo sucesso ao oferecer tudo que um médico precisa para tocar seus negócios

Fernando Raposo, CEO e fundador da Amigo Tech (amigotech.com.br/Reprodução)
Aquiles Rodrigues

Repórter Bússola

Publicado em 1 de agosto de 2024 às 13h00.

Última atualização em 1 de agosto de 2024 às 16h04.

Virar um unicórnio ainda é pouco. Para a Amigo Tech , startup de saúde natural de Recife, a meta é virar um bode!

“Um unicórnio tem um chifre só. A gente quer é logo dois! E, se a referência é valuation, a gente chega lá.”, explica Fernando Raposo, engenheiro, CEO e fundador da empresa que oferece software para médicos que precisam de suporte administrativo.

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O bode é mascote da Amigo e representa sua origem no Nordeste e a resiliência necessária para tocar um negócio como o deles. A empresa não abre dados financeiros ainda, mas, segundo Fernando, já está na casa dos milhões de reais – e espera triplicar em 2025.

Com um aporte de R$ 160 milhões da Riverwood Capital , concedido em janeiro deste ano, startup está colocando em operação sua fintech e pretende acelerar ainda mais o processo de transformação no próximounicórniobrasileiro da saúde. Perdão. No primeiro bode !

“Cuidamos do médico para ele poder cuidar de nós”

Hoje, se outra startup decidisse competir com a Amigo Tech, ela precisaria desenvolver, em uma única plataforma, serviços de contabilidade, gestão, financeiros e CRM.

A proposta de valor da empresa é facilitar a vida do médico brasileiro, que muitas vezes, atuando como microempreendedor individual ou prestador de serviços, precisa contratar diferentes agentes para lidar com todas as atividades do seu backoffice.

“Eu tenho três tios que são médicos. Cresci ouvindo que médico é tudo desorganizado , mas foi na visita ao consultório de um deles que ficou claro pra mim: o problema é um excesso de processos”, Fernando conta.

Devido à complexidade de criar um ambiente “all in one” de serviços para médicos, a proposta foi recebida com certa dúvida sobre sua escalabilidade. Fernando e seus sócios, o engenheiro Marcelo Andrade e o médico José Pedroza, já eram velhos de guerra e o fizeram funcionar. Fernando mesmo já tinha fundado e vendido duas startups.

Com investimento inicial de aproximadamente R$ 40 milhões, os sócios fundaram a empresa em 2017, com o software e serviços em contabilidade como MVP .

“Queremos ser a fintech definitiva do setor da saúde”

Para este ano, com o lançamento do Amigo Pay , solução de pagamentos da empresa, a Amigo Tech pretende dobrar os valores do ano passado e se tornar a fintech oficial do setor.

A ideia é permitir que agenda, prontuário, financeiro, marketing e outras atividades administrativas do médico sejam completadas com a facilidade de pagamento integrado.

“A gente sempre sonhou olhando a necessidade do pequeno empreendedor. Até brincamos que o médico é um MEI , um ‘ Médico Empreendedor Individual’ . Queríamos ser um sistema operacional que cuidasse de todo o backoffice desses profissionais ”, diz Fernando.

Os próximos passos na corrida

E para completar a expansão da empresa, os sócios ainda planejam alcançar maior presença no Sudeste do país por meio da contratação de novos funcionários ou a compra de outras empresas – duas estão em negociação.

“É muito legal você sonhar com um projeto e ter a satisfação de vê-lo funcionando. É um processo de desafiar o status quo, reconstruir, construir de novo. É o que mais me motiva”, conclui o empresário.

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