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Cinco mitos sobre o cigarro eletrônico

Estudo mostra que redução no uso de substâncias tóxicas se assemelha ao de quem parou de fumar

Estudo comparou quem tinha parado de fumar com fumantes ativos e usuários de cigarro eletrônico (Danchooalex/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 19 de novembro de 2021 às 18h12.

Última atualização em 19 de novembro de 2021 às 18h28.

Por BAT Brasil

Quando se discute cigarro eletrônico, é comum que apareçam mitos, baseados em informações sem fundamento científico. No entanto, pesquisas científicas e análises clínicas feitas com consumidores desses produtos têm revelado dados importantes sobre a redução de danos que eles oferecem.

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Um estudo recente do Grupo BAT, controlador da BAT Brasil (ex-Souza Cruz), constatou mudanças positivas no organismo humano na utilização de produtos de tabaco aquecido. Observou-se, nos primeiros seis meses, que os participantes que migraram do cigarro tradicional para o produto eletrônico tiveram a quantidade de substâncias no corpo próximas às de quem parou de fumar.

A análise foi realizada com três grupos distintos: pessoas que tinham parado de fumar (grupo de cessação); um grupo que usava o produto de tabaco aquecido; e o último grupo de fumantes ativos. Os resultados foram avaliados por meio de medições mensais da pressão arterial, urina e respiração.

Com base em estudos como este, o diretor de pesquisa e desenvolvimento da BAT, David O’Reiley, explica as inverdades relacionadas ao cigarro eletrônico.

1- Cigarro eletrônico é tão prejudicial quanto o cigarro tradicional

O estudo realizado pela BAT mostrou a primeira prova real que indica que a mudança total para o produto de tabaco aquecido pode reduzir os riscos à saúde associados ao consumo de cigarros.

Os participantes que utilizaram o produto tiveram uma redução na exposição a substâncias tóxicas que se assemelha a quem parou de fumar completamente.

2- Cigarro eletrônico não diminui o consumo de substâncias tóxicas

Os níveis dos marcadores analisados na pesquisa, após seis meses, em participantes que mudaram para o produto de tabaco aquecido se aproximaram aos fumantes que pararam de fumar. A redução registrada foi entre 33% e 93% para o produto de tabaco aquecido e 62% e 98% para cessação.

3- Cigarro eletrônico não diminu as chances de desenvolver doenças ligadas ao tabagismo

Após seis meses de estudo, os biomarcadores associados à progressão de doenças relacionados ao ato de fumar como cardiovasculares, cânceres e doenças pulmonares e respiratórias demonstraram redução significativa a essas substâncias, mostrando que os impactos negativos para a saúde provavelmente serão reduzidos em fumantes que mudam completamente para o produto de tabaco aquecido.

4- Não existem estudos o suficiente para provar que o cigarro eletrônico possui menos riscos que os cigarro de combustão

Como mostramos aqui, o estudo da BAT conseguiu mostrar diferenças significativas entre os biomarcadores de fumantes de cigarros tradicionais e que utilizaram o produto de tabaco aquecido. No entanto, sabemos da importância de continuar gerando dados, principalmente a partir de estudo clínicos e também de estudos de modelagem para construir um quadro mais completo.

5- Todo cigarro eletrônico é igual

Apesar de todos apresentarem redução de danos em comparação ao cigarro tradicional, há diferença entre os produtos. Os vaporizadores são dispositivos a bateria que, com o aquecimento, produzem vapor de um líquido que pode conter nicotina e aromatizantes. Esses produtos não contêm tabaco in natura em sua formulação.

Além disso, há dois sistemas de vaporizadores: os abertos, em que os consumidores “misturam” o que inalam de forma autônoma, e os fechados. Nos de sistema fechado, os líquidos que abastecem os vaporizadores usam cartuchos pré-carregados e não recarregáveis. Isso é importante porque oferece maior controle de qualidade e procedência do líquido, que é desenvolvido especificamente para o dispositivo, o que não acontece nos vaporizadores de sistema aberto.

Nos produtos de tabaco aquecido, assim como nos vaporizadores, ocorre a inalação de um aerossol, e não de fumaça. A diferença é que, neste caso, o sistema contém tabaco. Esses dispositivos aquecem o tabaco a aproximadamente 240 ºC, em vez de queimá-lo a 900 ºC, como no cigarro convencional. Assim, a concentração das substâncias potencialmente tóxicas no aerossol, resultantes do processo de aquecimento, também são significativamente menores do que na queima do tabaco.

Esses dispositivos funcionam ao ser inserida uma barra de tabaco no compartimento contendo uma bateria. Ligado o sistema, inicia-se o aquecimento da barra. Como no caso dos vaporizadores, ao ser iniciada a inalação, o ar entra no aparelho e gera o aerossol.

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