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Bolsonaro joga para ganhar no Congresso

Analista político comenta a articulação do presidente para eleger seus escolhidos para comandar a Câmara e o Senado

Presidente Jair Bolsonaro  (Alan Santos/PR/Reuters)

Presidente Jair Bolsonaro (Alan Santos/PR/Reuters)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 22 de janeiro de 2021 às 17h23.

O presidente Jair Bolsonaro assumiu publicamente a articulação para eleger os presidentes do Parlamento. Na Câmara, apoia o deputado Arthur Lira (PP-AL); no Senado, endossou o nome do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Deve colher grande vitória política neste movimento de curto prazo.

Tudo estará resolvido no dia 1 de fevereiro, salvo um tsunami político.

Lira e Pacheco se afirmam candidatos independentes. E até certo ponto o são. O progressista tem trabalhado há dois anos e buscou costurar alianças no fio do bigode para alcançar seu objetivo. Começou o trabalhou com barba no rosto e hoje ostenta a cara lavada de tantos fios que gastou em conversas com parlamentares.

Pacheco é fruto da barreira que impede a reeleição em meio à legislatura mantida em vigor pelo Supremo Tribunal Federal. O presidente do Senado Davi Alcolumbre teve que trocar o pneu com o carro andando e elegeu Pacheco como estepe.

Lira é visto como um nome capaz de abrir as portas da esperança de cargos e emendas pelos deputados. Pacheco só se firmou como favorito porque Bolsonaro não apoiou nenhum dos nomes do MDB, partido que concentra seus líderes governistas no Senado.

Sem esses dois movimentos, ambos teriam vida mais difícil. Serão presidentes de Poder e devem encontrar a independência depois de certo tempo, mas no começo deverão usar as muletas do governo

*Analista político da FSB Comunicação

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