8 percepções sobre o futuro (bem próximo) do trabalho. O que será?
O mercado tende a exigir profissionais que transitem em mais de uma especialidade e que não sejam estáticos em suas habilidades profissionais e soft skills.
Denis Zanini
Publicado em 1 de maio de 2021 às 16h11.
Última atualização em 1 de maio de 2021 às 16h29.
No dia internacional do trabalhador, não poderia falar sobre outro tema. Esta data que foi um marco da revolução da Indústria e sofre uma mudança drástica e recorrente em frente aos nosso olhos na Era Digital. Acredito ser importante trazer percepções sobre como será este futuro em curto prazo, assim como suas nuances.
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1. Aumento do ritmo de trabalho - O que é trabalho e o que é vida pessoal? Esta equação era mais simplificada com a saída do ambiente corporativo e a chegada em casa. Com o trabalho remoto por parte da população, nós cortamos deslocamentos e aumentamos o tempo dedicado ao trabalho. O ritmo também se torna mais acelerado porque nos tornamos “acessíveis” a todo momento, uma agenda com início antecipado e fim desconhecido, o que irá exigir atenção das empresas na assistência às equipes.
2. O trabalho remoto/híbrido - Um crédito bastante positivo foi atrelado ao trabalho remoto. Entretanto, observando o movimento das empresas globais ele não tende a ser definitivo, mas sim híbrido, misturado com o presencial no pós-pandemia. Grandes escritórios e estruturas não serão mais necessários porque se tornarão custos fixos altos e irrelevantes. Sistemas de coworking ou redução de espaços para rodízios de times provavelmente irão acontecer.
3. Desconstrução e reconstrução da confiança - Fomos ensinados a confiar no trabalho das pessoas literalmente olhando elas produzirem fisicamente. O trabalho afastado fez uma desconstrução da nossa relação de confiança com os times. No futuro próximo a reconstrução dessa confiança e a humanização cada vez mais constante da estrutura de comunicação interna tende a florescer ainda mais.
4. Diversidade e propósito - Em 2020 muito foi falado sobre diversidade, propósito e ESG. A partir de 2021 eles se tornam premissas. É preciso muito mais fazer do que dizer. A cobrança da sociedade será por ações aceleradas e concretas em torno destes temas, interna e externamente.
5. Economia criativa e empreendedorismo - Com o aumento do desemprego e as mudanças de paradigmas da transformação digital, a economia criativa e o empreendedorismo terão cada vez mais foco e visibilidade. O Brasil caminhou em 2020 para recordes históricos em número de empreendedores, correspondendo a praticamente 30% do PIB.
6. Automações e disrupções mais constantes - Vemos o nascer de novas start ups e rupturas de negócios diariamente. Praticamente todos os setores de serviços já tem novos modelos de negócios em relação aos tradicionais. A automação já é muito presente na indústria, no campo e nos serviços e veio para ficar. Ela pode sim substituir algumas profissões, mas simultaneamente gera outros postos de trabalho.
7. A necessidade de atributos diversificados - O mercado tende a exigir profissionais que transitem em mais de uma especialidade e que não sejam estáticos em suas habilidades profissionais e soft skills.
8. A ansiedade as transformações em tempo real - E por fim, grande parte das pessoas parece mais ansiosa e cansada de um período de tantas transformações em tempo real. Mas a nova geração tem trazido isso também para o trabalho. Existe uma ânsia em galgar novos cargos e remunerações em pouco tempo e isso também pode ressignificar o modo como as áreas de RH desenvolvem seus planos de carreira nas empresas como um todo.
Um ótimo dia de reflexão para vocês. E lembrem-se: no final, parte de quem faz o futuro do seu trabalho é você.
*Jaderson Alencar é sócio-diretor da FSB