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Voz do PMDB não pode ser abafada por "carguinhos", diz Cunha

Eduardo Cunha não escapou de vaias e do tradicional grito “fora Cunha” no congresso de seu próprio partido, o PMDB

Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (E), e da Câmara, Eduardo Cunha, participam do Congresso da Fundação Ulysses Guimarães e do PMDB, em Brasília (José Cruz/Agência Brasil/Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2015 às 16h54.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), não escapou das vaias e do tradicional grito “fora Cunha”, nem mesmo no congresso de seu próprio partido nesta terça-feira, apesar de ter sido o único dos peemedebistas de alto escalão a defender, mesmo que em tom moderado, a saída do PMDB do governo, algo defendido pela maior parte dos militantes presentes.

“O PMDB não vai poder se furtar de debater seu destino. Ninguém tem duvida que o PMDB vai ter candidato próprio, é inevitável. Vai ter discussão se o PMDB vai ter que deixar o governo ou se continua atrelado ao projeto que está aí e do qual não participamos", disse Cunha, em discurso durante o congresso da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB.

"A voz do PMDB não pode ser abafada por meia dúzia de carguinhos daqueles que não tem compromisso com partido”, afirmou.

Defensor do desembarque do maior partido da base do governo da petista Dilma Rousseff, o presidente da Câmara foi o único a reconhecer que o congresso não tomaria a decisão “esperada por muitos”.

“Minha posição é a mesma, não mudou nada, mas hoje não é foro apropriado para isso, não vai se decidir nada”, afirmou, acrescentando que havia defendido que o congresso fosse transformado em uma convenção para que se pudesse decidir pelo rompimento.

“Infelizmente não tive sucesso. Aqueles que gostariam de sair do governo gostariam que fosse uma convenção para poder decidir, aqueles que não querem sair do governo preferiram ficar do jeito que está. Isso é da política”, disse Cunha, que rompeu com o governo em julho, depois de ser acusado por um delator da operação Lava Jato de receber 5 milhões de dólares em propina no esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.

Cunha chegou ao congresso junto com o vice-presidente Michel Temer, de quem o ficou próximo quase todo o tempo, o que não o livrou das vaias no momento em que seu nome foi anunciado.

O deputado chegou a cogitar não ir ao Congresso.

Logo na chegada, ao ser perguntado se esperava apoio do partido --Cunha corre o risco de ser cassado pelo Conselho de Ética da Câmara-- respondeu: “Não vim pedir apoio, não preciso disso. Vim participar de um evento partidário, sou do PMDB." Ao final, Cunha negou ter ouvido vaias. “Não ouvi vaias. Ouvi um pessoal pedindo pelo impeachment”, disse.

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“O PMDB não vai poder se furtar de debater seu destino. Ninguém tem duvida que o PMDB vai ter candidato próprio, é inevitável. Vai ter discussão se o PMDB vai ter que deixar o governo ou se continua atrelado ao projeto que está aí e do qual não participamos", disse Cunha, em discurso durante o congresso da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB.

"A voz do PMDB não pode ser abafada por meia dúzia de carguinhos daqueles que não tem compromisso com partido”, afirmou.

Defensor do desembarque do maior partido da base do governo da petista Dilma Rousseff, o presidente da Câmara foi o único a reconhecer que o congresso não tomaria a decisão “esperada por muitos”.

“Minha posição é a mesma, não mudou nada, mas hoje não é foro apropriado para isso, não vai se decidir nada”, afirmou, acrescentando que havia defendido que o congresso fosse transformado em uma convenção para que se pudesse decidir pelo rompimento.

“Infelizmente não tive sucesso. Aqueles que gostariam de sair do governo gostariam que fosse uma convenção para poder decidir, aqueles que não querem sair do governo preferiram ficar do jeito que está. Isso é da política”, disse Cunha, que rompeu com o governo em julho, depois de ser acusado por um delator da operação Lava Jato de receber 5 milhões de dólares em propina no esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.

Cunha chegou ao congresso junto com o vice-presidente Michel Temer, de quem o ficou próximo quase todo o tempo, o que não o livrou das vaias no momento em que seu nome foi anunciado.

O deputado chegou a cogitar não ir ao Congresso.

Logo na chegada, ao ser perguntado se esperava apoio do partido --Cunha corre o risco de ser cassado pelo Conselho de Ética da Câmara-- respondeu: “Não vim pedir apoio, não preciso disso. Vim participar de um evento partidário, sou do PMDB." Ao final, Cunha negou ter ouvido vaias. “Não ouvi vaias. Ouvi um pessoal pedindo pelo impeachment”, disse.

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