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Volume do Sistema Cantareira chega a 17,1% da capacidade

O sistema, responsável pelo abastecimento da metade da população da Região Metropolitana de São Paulo, tem registrado os menores volumes da sua história


	São Paulo: até o momento, choveu apenas 54,5 milímetros em fevereiro, 27% da média histórica de 202,6 milímetros registrada no mês
 (Quatro Rodas/ Rafael Cusato)

São Paulo: até o momento, choveu apenas 54,5 milímetros em fevereiro, 27% da média histórica de 202,6 milímetros registrada no mês (Quatro Rodas/ Rafael Cusato)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 18h47.

O volume de água no Sistema Cantareira chegou hoje (24) a 17,1% da capacidade dos reservatórios.

Devido à falta de chuvas, o sistema, responsável pelo abastecimento da metade da população da Região Metropolitana de São Paulo, tem registrado os menores volumes da sua história.

Até o momento, choveu apenas 54,5 milímetros em fevereiro, 27% da média histórica de 202,6 milímetros registrada no mês.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o nível dos reservatórios foi afetado ainda pelas chuvas abaixo da média ao longo de todo ano de 2013. De acordo com a companhia, o volume pluviométrico não chegou a 70% da média histórica. Foram registrados 1.090 milímetros contra os 1.566 milímetros de chuva que caem em média por ano.

Além da estiagem, a Sabesp aponta o calor, com temperaturas 5% maiores do que o esperado, como um dos fatores que contribuíram para esvaziar os reservatórios. De acordo com a companhia, o clima quente ajuda a elevar o consumo de água.

Um estudo divulgado na semana passada pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) indicou que o Sistema Cantareira precisaria receber pelo menos três vezes mais chuvas do que o normal para que o nível dos seus reservatórios atinjam níveis minimamente aceitáveis.

O coordenador de projetos do consórcio, José Cezar Saad, avalia que o ideal é que essa precipitação ocorra nos próximos 60 dias.

A pesquisa leva em conta a necessidade de consumo durante os meses de estiagem, que têm início em maio e terminam em setembro. Para atender à demanda desse período, precisaria chover 1 mil milímetros, volume que aumentaria para 50% a capacidade útil do armazenamento dos reservatórios, garantindo o abastecimento da população nos próximos meses.

Para reduzir os impactos da estiagem, a Sabesp lançou uma campanha oferecendo desconto de 30% no valor da conta dos usuários que economizarem 20% no consumo, em relação ao gasto médio dos últimos 12 meses.

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