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Vice-líder do governo acusa Janot de tentar "eleger Lula"

O deputado Darcísio Perondi ainda afirmou que o procurador apresentou denúncia contra Temer para barrar a aprovação da reformas do governo

Darcísio Perondi: "Janot, petista, também não quer a reforma para o Lula voltar" (Divulgação / Câmara dos Deputados/Divulgação)

Darcísio Perondi: "Janot, petista, também não quer a reforma para o Lula voltar" (Divulgação / Câmara dos Deputados/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de junho de 2017 às 18h49.

Última atualização em 27 de junho de 2017 às 18h52.

São Paulo - Em um vídeo gravado para as redes sociais logo após o pronunciamento do presidente Michel Temer (PMDB), o primeiro vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), afirmou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou a denúncia contra o presidente para barrar a aprovação da reforma da Previdência no Congresso e ainda possibilitar a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Os promotores não querem a reforma, os juízes não querem a reforma. E o Janot, petista, também não quer a reforma para o Lula voltar", disse Perondi no vídeo.

"O Lula não volta, o PT não volta e o Michel vai continuar fazendo a reforma. Acreditem." Na descrição da publicação, em sua conta oficial no Facebook, o deputado escreveu que "Janot trabalha para eleger o Lula, atrapalha a própria Lava Jato e a luta pela recuperação econômica do Brasil".

Mais, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, também afirmou que a denúncia da Procuradoria contra o presidente Michel Temer representa uma ação dos servidores do Judiciário para barrar a aprovação da reforma da Previdência no Congresso.

Perondi encaminhou uma mensagem aos deputados convocando a base governista para demonstrar apoio ao presidente Temer durante o pronunciamento oficial. No vídeo, o deputado reforçou a presença dos parlamentares no Planalto durante a fala de Temer.

"Hoje, só o quórum daqui impede o andamento da denúncia na Câmara", afirmou.

O vice-líder elogiou o discurso do presidente e afirmou que Temer não aceita a produção de provas ilícitas para incriminá-lo.

O deputado afirmou que a "prova ilícita" - a gravação da conversa do empresário Joesley Batista com Temer - foi organizada por Janot e pelo ex-procurador Marcelo Miller, citado por Temer como o ganhador de "milhões" durante o acordo de colaboração premiada com a JBS.

"A busca de provas ilícitas foi feita pelo sr. Janot e pelo seu braço direito, Marcelo Miller, que organizaram esta gravação com um bandido e um facínora", atacou Perondi.

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