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Vendas da indústria do RJ cresceram 15% até novembro de 2010

Apesar de diminuição do ritmo no mês, produção continua aquecida segundo a Firjan

A previsão da Firjan de crescimento acima de 15% em 2010 deve se confirmar (Fernando Cavalcanti/Veja)

A previsão da Firjan de crescimento acima de 15% em 2010 deve se confirmar (Fernando Cavalcanti/Veja)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2011 às 17h35.

Rio de Janeiro - As vendas da indústria fluminense cresceram 3% em novembro de 2010, em comparação ao mesmo mês de 2009, acumulando em 11 meses alta de 15,27%. Em relação a outubro, as vendas evoluíram 0,54%. Na série dessazonalizada, porém, quando são retiradas as características sazonais do período, observa-se queda de 1,50% em novembro sobre o mês anterior.

Os dados constam do boletim Indicadores Industriais, divulgado hoje (4) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O gerente de Estudos Econômicos da entidade, Guilherme Mercês, explicou que, historicamente, novembro é um mês em que a indústria forma estoques para atender a uma demanda significativa em dezembro.

“Além disso, o mês de outubro teve vendas muito expressivas para setores importantes, como o de veículos automotores, o que delineou essa acomodação (em novembro) em relação a outubro. Mas, no acumulado do ano, estamos superiores 15% em termos de vendas reais frente a 2009”, disse ele.

Mercês estimou que o ano fechado de 2010 deve confirmar as projeções da Firjan de crescimento das vendas acima de 15% em relação a 2009. Destacou que os dados de produção revelados na pesquisa mostram que a atividade continua aquecida, apesar do arrefecimento das vendas em novembro.

“Quando a gente olha tanto para horas trabalhadas quanto para pessoal ocupado, a indústria está em franca expansão, muito aquecida, o que sinaliza para perspectivas de um bom ano de 2011”, afirmou ele. Entre os setores que apresentaram um comportamento positivo em 2010 e que devem se manter no mesmo ritmo este ano, o economista salientou o de veículos automotores, em especial do Polo Sul Fluminense, e os setores ligados a bens de consumo não durável.

“Também têm aparecido como surpresas muito boas, não só no Rio de Janeiro, como no Brasil, diante do aumento da renda e do emprego e do avanço do crédito, que tem estimulado as pessoas a comprar”, acrescentou o economista. Por conta disso, os segmentos de vestuário e produtos farmacêuticos mostraram resultados expressivos nos indicadores da Firjan, além da construção civil.

O boletim evidencia ainda o crescimento do item emprego industrial no Rio de Janeiro pelo 19º mês consecutivo. O aumento em novembro sobre outubro foi de 0,9%, o que gerou a criação de 6.100 novas vagas. Em comparação a novembro de 2009, a expansão atingiu 9,2%, acumulando no ano mais 7,2%.

“Esse 19º crescimento seguido do emprego industrial no estado do Rio de Janeiro reforça a perspectiva de manutenção de uma atividade muito agressiva para os próximos meses”, assinalou o economista. “E, com isso, a massa salarial vem a reboque. Então, o trabalhador, além de estar com emprego, está ganhando mais. Isso significa mais compras e mais vendas para a indústria e para o comércio em 2011. Ou seja, a economia entra em um ciclo positivo de crescimento.”

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