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Veja a repercussão internacional das prisões da Lava Jato

A prisão dos presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez foi notícia também nos mais importantes jornais do mundo


	Presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, sendo preso
 (REUTERS/Francio de Holanda)

Presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, sendo preso (REUTERS/Francio de Holanda)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 20 de junho de 2015 às 13h08.

São Paulo – A prisão de Marcelo Odebrecht e de Otávio Marques Azevedo, os respectivos presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, foi notícia também nos mais importantes jornais do mundo.

Em todos os meios de comunicação, o foco das reportagens não poderia ser melhor para o país: o Brasil está mudando uma cultura em que os ricos se safam da prisão.

O The New York Times afirma que a investigação chegou ao mais alto nível do governo e dos negócios no país.

E ressalta o poder do nome da 14a fase da operação Lava Jato: "erga omnes", cuja tradução do latim para português significa "vale para todos".

"Foi uma aparente mensagem de que o país está tentando acabar com a sua conhecida cultura de impunidade, na qual os ricos e poderosos infringem a lei sem medo de punição", escreve o New York Times.

Seguindo a mesma linha, o Wall Street Journal diz que as prisões são um "ponto de exclamação" e mostram que as instituições jurídicas e coercitivas estão trabalhando independentemente, "em uma nação onde os ricos e poderosos escaparam por muito tempo de punição".

O Journal vai além e afirma que as investigações estão chegando mais próximas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo a Folha de S. Paulo, já teria dito que ele próprio seria o próximo alvo da operação Lava Jato.

Um dos mais influentes na economia e negócios no mundo, o Financial Times ressalta que as prisões dos presidentes das empreiteiras mostram que a Polícia Federal está quebrando "a cultura brasileira de impunidade para os poderosos".

"A investigação no maior escândalo de corrupção do Brasil está ameaçando engolfar o Partido dos Trabalhadores da presidente Dilma Rousseff e seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva", acrescenta o jornal.

O Financial Times lembra ainda que o escândalo aparece no momento em que o país vai atravessar sua pior recessão após a crise de 2008.

Já a Bloomberg, um dos conglomerados de mídia mais influentes nos Estados Unidos, foi categórica:

Ao prender Marcelo Odebrecht, os procuradores da República não apanharam um "peixe grande", mas uma "baleia".

E afirma que a prisão de um dos herdeiros mais ricos e influentes no país mostra que o escândalo na Petrobras está abalando a economia e não demonstra sinais de que irá diminuir tão cedo. 

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