Vestibular: a Unesp estuda a possibilidade de as provas serem preparadas com maior ênfase aos conteúdos do primeiro e do segundo ano do ensino médio (USP Imagens/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de maio de 2020 às 10h55.
As três universidades estaduais de São Paulo avaliam adiar seus vestibulares neste ano por causa da pandemia do coronavírus. Mas, para isso, aguardam a definição da nova data do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que pode ser realizado entre dezembro e janeiro.
Segundo o reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e presidente do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), Marcelo Knobel, as comissões de vestibular da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e da própria Unicamp estão se reunindo semanalmente para estudar a melhor possibilidade de adiamento das provas. "Ainda temos tempo, porque as inscrições são só em agosto. Estamos com tranquilidade observando a evolução da pandemia. Teremos todo o cuidado do mundo para oferecer todas as possibilidades aos vestibulandos", disse.
A Unesp publicou uma nota na sexta-feira, 29, sobre a possibilidade de adiamento. "Ciente das grandes dificuldades pelas quais passam os estudantes de terceiro ano de ensino médio para acompanhar as aulas durante este ano letivo, a Unesp estuda também a possibilidade de as provas serem preparadas com maior ênfase aos conteúdos do primeiro e do segundo ano do ensino médio, de modo a equilibrar as chances dos candidatos que já finalizaram e os que ainda não concluíram o ensino médio."
O Estadão mostrou que a indefinição do Enem bagunça o calendário de outras universidades e o ano letivo de 2021. Isso porque quando o Enem ocorre em novembro, há ainda cerca de dois meses para que as provas sejam corrigidas e as vagas sejam liberadas no Sisu, o que ocorre em janeiro. Caso a prova seja adiada por 60 dias, o Enem seria em janeiro e as aprovações só sairiam em março ou abril, já que há sempre mais de uma lista.